Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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O IMPACTO DA DIABETES MELLITUS NA VIDA SEXUAL DO IDOSO
MAYARA LAYANE DE SOUZA JOVENTINO, LEONARDA CARNEIRO ROCHA BEZERRA, ANNE CAROLINNE MARIE DOS SANTOS, DANIELLE VICTOR FERNANDES, SUELLEN DUARTE DE OLIVEIRA MATOS, ADRIANA LIRA RUFINO DE LUCENA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: O processo individual e não reversível do envelhecimento, juntamente ao comprometimento das funções biológicas e o surgimento de doenças crônicas como a Diabetes Mellitus, podem interferir diretamente na prática sexual da pessoa idosa, visto que, se trata de um distúrbio metabólico que causa alterações na qualidade de vida do indivíduo, comprometendo sua saúde física e psicológica. A qualidade de vida é definida como um conceito que engloba vários fatores como: bem-estar, estado emocional, espiritual, desempenho das funções diárias e condição física, tendo em vista que são elementos primordiais na vida do ser humano. Compete aos profissionais que atuam na Atenção Básica, monitorar e atender as necessidades das pessoas com diabetes, a fim de, associar medidas de prevenção e tratamento visando minimizar, prevenir e/ou retardar o surgimento de tal patologia. Objetivo: Avaliar o impacto da Diabetes Mellitus na prática sexual da pessoa idosa. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, realizada com 50 idosos cadastrados em uma unidade de saúde da família, na cidade de João Pessoa, PB. Para seleção da amostra, utilizaram-se os seguintes critérios de inclusão: comprovar o diagnóstico da patologia por meio do cartão de acompanhamento e/ou prontuário; o entrevistado estar em condições cognitivas favoráveis para compreender as questões do estudo e frequentar a unidade de saúde mensalmente para acompanhamento. Para a coleta de dados foi aplicado o instrumento D-39. Este questionário ajuda a compreender sobre o que afeta a qualidade de vida de pessoas com Diabetes Mellitus. No entanto, para este estudo, estão sendo apresentados apenas os dados referentes à qualidade de vida frente à prática sexual. Os dados foram coletados após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob Protocolo: 149/2015 e CAAE: 48974415.9.0000.5179. Resultados: Predominou o sexo feminino (74%), na faixa etária entre 60-70 anos (66%), residem com o parceiro (50%), com ensino fundamental (36%) e renda de um salário mínimo por mês (54%). Quanto à implicação da Diabetes Mellitus da dinâmica sexual, (78%) afirma interferir extremamente, além de (68%) afirmar que é por ocasionar a diminuição da ereção e (86%) confirmam a diminuição do interesse pelo sexo. Conclusão: Sabe-se que o envelhecimento trás consigo mudanças, e essas, não definem a capacidade do idoso de vivenciar o ato sexual. A vivência sexual para alguns é acompanhada de obstáculos e interferências. No entanto, essas adversidades não significa que são seres assexuados, tendo em vista que muitos praticam o ato propriamente dito sem dificuldades. O aumento da população idosa no Brasil vem crescendo a cada dia mais, e com isso surge a necessidade de maior conhecimento a respeito de assuntos que envolvem essa temática.

Palavras-chave


Idoso; Diabetes Mellitus; Sexo;