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Este artigo explora a decolonização do Design de Transições para a Sustentabilidade por meio da aproximação de suas teorias e práticas com o pós-extrativismo e a cosmovisão do Bem Viver. Considerando a relevância da conscientização social para projetos de transição, reflete-se sobre como o ativismo em design pode contribuir no processo de transição para uma sociedade do Bem Viver por meio de intervenções urbanas. Para isso, são analisados os resultados de um projeto de aprendizagem, realizado com estudantes de Design Gráfico, que contou com a parceria de uma das regionais do Mutirão do Bem Viver. O método adotado foi a Design Based Research que alia o paradigma da design science à área de ensino. Foram apresentados 21 projetos de intervenções urbanas, os quais sugerem diferentes possibilidades a serem exploradas, desde peças gráficas até intervenções complexas, como eventos, ambientação e criação de espaços públicos de interação social e com a natureza. Demonstrando abordagem transdisciplinar, política e cidadã, os resultados contemplam causas contemporâneas (e.g., soberania alimentar, justiça ambiental e social, igualdade de gênero) e revelam processo de subjetivação dos designers, que também se conscientizam ao explorar as possibilidades do ativismo urbano para desencadear processos de transições sistêmicas.

Bem Viver; Decolonização; Ensino; Intervenções urbanas; Sustentabilidade.