Gênero Textual Diário: Uma ferramenta didática para inclusão social.

Daniel Machado – Letras Português/Espanhol – Universidade Federal do Pampa – pessoal.danielmachado@gmail.com

Alessandra Vitoria - Letras Português/Espanhol – Universidade Federal do Pampa – alessandrabpv82@gmail.com

Grupo de trabalho: Educação, diversidade e inclusão social

Palavras-chave: Gênero Textual; PIBID; Ficção e Alteridade; Escritores da Liberdade; diário de Anne Frank;

O presente trabalho de ensino é originário de um Projeto Didático de Gênero (Guimarães e Kersh, 2015) apresentado aos alunos do Curso de Letras Português/Espanhol da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA – Campus Jaguarão, participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, como proposta didática a ser trabalhada junto aos alunos que cursam as séries finais do ensino fundamental e ensino médio. A partir dessa proposta, escolhemos a turma do 2º ano do ensino médio do Instituto Estadual de Educação Espírito Santo – IEEES – na cidade de Jaguarão, para trabalharmos o gênero Diário, uma vez que, investigações prévias a respeito da turma apontaram o uso desse gênero como prática de escrita pessoal de muitos alunos. Nosso objetivo era, através da práxis, desenvolver o conceito e elaboração do gênero proposto junto aos alunos como forma de estímulo à escrita e à oralidade, assim como fomentar a discussão reflexiva acerca de uma problemática bem presente na escola: a violência originada pela discriminação social.

Para a realização do Projeto elaboramos sete oficinas, nas quais foram expostas a temática do projeto – Desigualdade Social -, e o gênero a ser utilizado para desenvolvimento dessa temática – elaboração de um diário. Partimos do livro O Diário de Anne Frank (2018) em três versões em HQ (Folmann, 2018), narrativa literária em livro impresso (2014) e em formato digital pdf, e à projeção e discussão do filme Escritores da Liberdade.

Considerando as relações intertextuais e interdiscursivas desses textos, realizamos um estudo do contexto histórico da vida da protagonista da primeira obra. Assim a partir do debate em torno do tema da segunda guerra já estudada pelos alunos e da projeção e documentários, analisamos como tal contexto também foi retomado, a partir de uma relação intertextual, pelo argumento de Os Escritores da Liberdade, como motivação para seus protagonistas refletirem sobre as relações de desigualdade social e de afirmação de alteridade nos estados Unidos dos anos noventa.

A partir dessas discussões finalizamos as oficinas propondo que os estudantes da turma refizessem seu percurso de estudos no curso e refletissem sobre problemáticas de violência e exclusão manifestadas por eles no diagnóstico inicial, através de um diário de bordo.

Referências:

GUIMARÃES; CARNIN; KERSCH (orgs.). Caminhos da construção: reflexões sobre projetos didáticos de gêneros. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015. Pag. 95.

FRANK, Anne. O diário de Anne Frank/Anne Frank; adaptação de Ari Folman; ilustração de David Polonsky; tradução de Raquel Zampil. – 5ª Edição. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, 2018.

“Escritores da Liberdade”, Richard LaGravenesse, E.U.A, Estúdio Universal (Jan-2007), Mídia digital.

Descomplica. Como foi a segunda Guerra mundial/ quer que desenhe? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RedndCHHtYc. Acesso em 20/05/2019.

Descomplica. Como aconteceu a primeira Guerra mundial/ quer que desenhe? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6P89N-WrnLk. Acesso em 20/05/2019.