O presente trabalho representa um breve relato sobre as atividades realizadas durante a vigência do Programa Residência Pedagógica, ocorrida em parceria com a UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste –, e os Colégios Estaduais Antônio Xavier da Silveira e João de Mattos Pessoa, no âmbito do subprojeto do programa vinculado ao Curso de Geografia de Irati/PR. Busca-se relatar e refletir sobre diferentes práticas pedagógicas a fim de destacar avanços e obstáculos em sua realização, buscando levantar situações e experiências que possam contribuir na promoção de uma Geografia Escolar fundamentada tanto em conhecimento contextualizado e referenciado, como também, nas demandas e expectativas daqueles que frequentam a escola. O presente texto busca realizar uma breve retomada histórica do Ensino de Geografia no Brasil, a fim de situar diferentes movimentos de permanências e mudanças no campo, a fim de melhor compreender ações de aproximação entre Universidade e Escola Básica, como as que ocorrem por ocasião do Programa Residência Pedagógica. Busca-se apresentar a ideia de que a Geografia Escolar, muitas vezes, se mostra frágil epistemologicamente, apresenta lógica de telejornal – ou seja, mais parece um programa de variedades exóticas –, pouco trabalha com a dimensão conceitual da ciência e, por isso, não permite avanços cognitivos nos estudantes de maneira efetiva. Enquanto isso, no plano dos discursos, professores reivindicam uma suposta “postura crítica” em sua prática pedagógica, o que caracteriza essa ideia de “pastel de vento”. Além disso, evidencia-se também o papel imprescindível que programas de bolsa de apoio possuem no oferecimento de condições estruturais mais adequadas para que estudantes de licenciatura possam desenvolver  na formação inicial práticas mais contextualizadas, duradouras e de qualidade na escola, visando a formação de professores críticos e melhor preparados para enfrentar os desafios do mundo do trabalho e para fazer da licenciatura em Geografia a sua profissão.