Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, III ENCONTRO DAS LICENCIATURAS REGIÃO SUL

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APOLLO 11
Guilherme Almeida das Neves, Alessandro de Melo, Larissa Diniz, Luciana de Boer Pinheiro de Souza, Alexsandra Kraushaar

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Última alteração: 08-11-2019

Resumo


PIBID e Residência Pedagógica: Práticas como componente Curricular e Estágio

 

Apollo 11

 

Guilherme Almeida das Neves1, Alessandro de Melo1, Larissa Diniz1, Sandro E. de S. Pinto2, Luciana de Boer P. de Souza2, Alexsandra Kraushaar3

 

1 Licenciando da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Bolsistas (PIBID).

 

2 Professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Coordenador PIBID.

 

3Professora de Química do Colégio Instituto Educação Prof César Prieto Martinez; Supervisora (PIBID).

 

Resumo

A interdisciplinaridade é um método de ensino que associa disciplinas diferentes em um mesmo contexto científico. Nesse sentido, conforme destaca Fróes Burnham (2001, p.39): “[...] a excessiva fragmentação e compartimentalização do conhecimento nas organizações curriculares; [...] observa-se que as disciplinas são tratadas de modo reificado, como conteúdos estanques, com pouca ou nenhuma interconexão, tanto entre si, quanto em relação ao mundo concreto e à experiência vivida.“. Sendo assim o objetivo do trabalho é a interdisciplinaridade envolvendo lançamento de foguetes associado com conceitos tanto na Química quanto na Física. Os temas abordados são: reações químicas, energia cinética, propriedade dos elementos, leis de Newton, lançamento vertical e pressão. Com este intuito propomos a construção de um modelo de foguete simples, para demonstração pratica dos fenômenos físicos e químicos.

 

 

Palavras-chave: interdisciplinaridade, foguete, física, química.

Apoio financeiro: CAPES

Introdução

Segundo FORTUNATO (2013, p. 6) a interdisciplinaridade está presente nos PCN’s, e sua proposta vem na contramão de um sistema de ensino fragmentado, com um parecer de educação de maneira mais contextualizada. Escritores importantes na historia da educação como Paulo Freire, falam sobre a interdisciplinaridade, sendo a favor de um ensino utilizando este método, no qual fala que a interdisciplinaridade deve ser vista como a maneira de se tornar algo velho em novo, não pretendendo desconstruir as disciplinas mais interliga-las, quando se observa fenômenos que ocorrem e quais os conhecimentos que ali estão presentes. “Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez velho e se dispõe a ser ultrapassado por outro amanhã” (FREIRE, 1996, p. 31). Em visão disto propomos este trabalho na utilização da interdisciplinaridade utilizando recursos práticos pra demonstração de assuntos tanto da Física quanto da Química.

Para atingir a interdisciplinar nosso objetivo foi inserir um experimento o qual consiste na construção de um modelo simplificado de um foguete espacial, em seguida seria feita uma exploração sobre os conceitos químico-físicos que se aplicam para explicar o lançamento de foguete. Trata-se de uma abordagem diferenciada de muitos conceitos que geralmente são tratados apenas na teoria tendo assim o caráter de um processo cansativo e monótono, o que caracteriza uma péssima qualidade de ensino. A ideia do projeto é enfatizar fenômenos físicos e químicos envolvidos no lançamento e deslocamento de um foguete espacial segundo OLIVEIRA (2008 p.) que descreve algumas considerações importantes para o lançamento desse modo, pretende-se trabalhar as Leis de Newton, gravitação newtoniana. Com relação à Química pretende-se fazer uma abordagem referente à combustão, a qual gera a propulsão do foguete e a composição química do material utilizado na fabricação das estruturas, visto que devem resistir a extremas condições de pressão e temperatura.

Metodologia

O aparato experimental utilizado no trabalho consiste em um modelo disponível online pela UCS(2018), onde temos um projeto que utiliza recursos de fácil acesso o qual se pode representar a ideia básica de um foguete espacial. Para a fabricação do foguete bem como para a sua base de lançamento foram utilizados: disparador, constituído de canos de PVC e um registro uma espécie de válvula para conter a pressão por certo tempo antes de lançar, bomba de ar com manômetro, e o foguete de garrafa. Depois da montagem do equipamento, que foi realizada na presença e com auxílio dos alunos do ensino médio foi realizado alguns questionamentos a eles de modo a criar um ambiente de discussão em relação aos eventos químicos e físicos envolvidos no experimento tais como a altura que possa ser alcançada pelo foguete, tempo de descida, transformações de energia, dentre outros. A ideia da construção do foguete teve como objetivo a interação e colaboração de todos os alunos participantes. Sendo uma atividade atrativa e não corriqueira, chamou a atenção dos alunos de modo que conseguisse trabalhar todos os eventos, de maneira mais conceitual, planejados de uma maneira simples e eficiente. Durante a aplicação da atividade aproveitou-se para explicar como funcionavam todos os componentes do foguete, o porquê de algumas de sua construção ser daquela maneira. Para a atividade demos uma aula em sala com breve introdução antes da pratica envolvendo assuntos diversos, algumas curiosidades sobre as missões espaciais, com intuito de chamar atenção dos alunos.

Em outra aula saímos com os alunos no pátio do colégio que era uma área aberta onde fizemos a demonstração do funcionamento do foguete, disparamos algumas vezes e abrimos uma conversa envolvendo os alunos, lançando alguns questionamentos a eles. Tivemos o auxilio da professora responsável pela turma para podermos aplicar a atividade.

Resultados e Discussão

Foram aplicadas em duas turmas do primeiro ano do ensino médio, num total de 50 alunos. Primeiramente foi feita uma explanação com caráter expositivo em como determinar a velocidade de escape da Terra, foi mostrada a estrutura de um foguete real para terem uma noção da escala de tamanho. Observou-se que os alunos durante essa aula ficaram com certo receio cálculos matemáticos que envolvem a velocidade de escape. Em seguida foi proposto um vídeo mostrando o lançamento de um foguete real explicando alguns componentes presentes em sua base do lançamento.

Durante a atividade pratica na outra aula os alunos interagiram mais devido à curiosidade do que iria ocorrer, com auxilio dos alunos preparou-se lançamento, com foguetes de diferentes tamanhos. A base de lançamento já estava construída. Os alunos tiveram um grande aproveitamento, pois puderam eles mesmos manipular o equipamento, depois com a roda de conversas foram feitos questionamentos sobre os fenômenos observados.

Foram auxiliados a descobrirem qual velocidade inicial de saída do foguete, a altura máxima. Depois foram passadas questões para eles discutirem entre eles e trazerem as respostas, uma delas envolvia uma situação hipotética de um lançamento real onde se queria saber a velocidade de escape.

 

Conclusões

Observamos que em aulas teóricas muito fechadas não conseguimos ter uma atenção por muito tempo com os alunos, agora quando temos um ponto mais interativo na situação algo mais dinâmico acabou prendendo mais a atenção dos alunos. Mostramos uma aplicação daquilo que ele viu na teoria em algo pratico. Observamos também uma maior facilidade para interligar as duas disciplinas discutindo algo pratico com os alunos.

A parte de interação com os alunos fica muito mais fácil, pois tentamos incitar a curiosidade deles. Assim eles ficam mais motivados a quererem aprender, o fato de eles poderem experimentar no sentido de eles mexerem e fazerem o foguete ser lançado os deixa mais sugestivos a aprender. Deixa de ser algo monótono e maçante e passa a ser mais atrativo.


Palavras-chave


interdisciplinaridade, foguete, física, química.

Referências


OLIVEIRA, M. A. S. OS ASPECTOS FÍSICOS E MATEMÁTICOS DO LANÇAMENTO DO FOGUETE DE GARRAFA PET. Brasília, 29 p., 2008. TCC (Graduação) – UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/pibidfisica/files/2013/03/OS-ASPECTOS-F%C3%8DSICOS-E-MATEM%C3%81TICOS-DO-LAN%C3%87AMENTO-DO-FOGUETE-DE-GARRAFA-PET.pdf>; Acesso em: 09 out. 2018.

 

FORTUNATO, R. et. al. INTERDISCIPLINARIDADE NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA. REI-REVISTA DE EDUCAÇÃO DO IDEAU, Rio Grande do Sul, v.8, n.17, p. x-x,

2013. Disponível em: <https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/28_1.pdf>; Acesso em: 10 out. 2018.

 

UCS- Universidade Estadual de Caxias do Sul. TUTORIAL PARA A COFECÇÃO DA BASE DE LANÇAMENTOS. Disponível em: <https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/tutorial-base-lancamento.>; Acesso em: 10 out. 2018.

 

FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Paz e Terra, 1996; Consultado em: 11 out. 2018.

 

FRÓES BURNHAM, Terezinha. Transdisciplinariedade, multireferencialidade e currículo. REVISTA DA FACED, Salvador; Faculdade de Educação da UFBA, N. 5, 2001, p. 39-55. Consultado em: 12 out. 2018.


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