Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, III ENCONTRO DAS LICENCIATURAS REGIÃO SUL

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A CARTOGRAFIA COMO MÉTODO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO: CENAS DE UMA POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL
Bruna Aparecida de Almeida, Gicele Maria Cervi

##manager.scheduler.building##: Setor de Sociais Aplicadas
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Data: 12-11-2019 03:00  – 03:15
Última alteração: 31-10-2019

Resumo


A instabilidade é um elemento presente no cenário brasileiro, o governo federal já acenou onde poderá realizar cortes e a educação está em sua mira. Esse artigo é um recorte de uma pesquisa de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, realizada no segundo semestre de 2017. A pesquisa apontou que seria um retrocesso para a formação docente e para a educação básica, o corte das bolsas destinadas ao PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, bem como a mudança da portaria Nº 096, de 18 de julho de 2013. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID é uma política pública educacional voltada à formação de professores. O presente artigo teve como objetivo geral analisar os discursos dos egressos do PIBID – FURB, diante dessa política, a fim de problematizar suas contribuições para a formação de professores e para a educação pública brasileira. A partir da problemática: como os egressos do PIBID – FURB avaliam essa política? Delineou-se os objetivos específicos: (I) discutir o PIBID como uma política pública educacional a partir dos documentos oficiais que configuram essa política e (II) mapear os discursos dos egressos do PIBID – FURB diante desta política. A estratégia teórico-metodológica se deu a partir da perspectiva pós-crítica, com uso da abordagem qualitativa, utilizando a cartografia. A cartografia como método de pesquisa em educação possibilitou a construção de mapas inacabados, que apresentaram as linhas molares que compõe o cenário das políticas públicas, neste caso do PIBID – FURB. Os instrumentos são: registros escritos e fotográficos selecionados pelos participantes da pesquisa: cinco egressos do PIBID – FURB, que permaneceram nesta política por no mínimo um ano e tornaram-se egressos em 2015, 2016 e 2017. Os principais aportes teóricos são: Alessandra Assis; Antônio Nóvoa; Félix Guattari; Gilles Deleuze e Guilherme Prado. Problematizou-se a partir dos discursos dos egressos do PIBID – FURB que esta política deu início a uma nova experiência formativa. Os discursos evidenciaram diferentes movimentos possibilitados pelo PIBID – FURB, tais como: a qualificação da formação docente inicial, pois possibilita estudos teóricos que acompanham os bolsistas de iniciação à docência nas práticas realizadas na Educação Básica; articular o diálogo entre os futuros profissionais docentes (estudantes de licenciatura) e os profissionais que já atuam na Educação Básica; aproximar a Educação Básica e a Educação Superior; formar professores com qualidade para atuarem na educação básica e também professores pesquisadores; inserir os bolsistas de iniciação científica no meio científico, possibilitando a participação em eventos de caráter científico, bem como a produção de trabalhos a ser apresentados nesses espaços; ampliar o repertório cultural, tanto dos bolsistas, como dos supervisores e coordenadores, principalmente por meio da promoção de viagens para diferentes regiões do país e fora dele também, conhecendo outras culturas, outros saberes, outros trabalhos, socializando e conhecendo outros contextos sociais; incentivar estudantes a fazer licenciaturas; garantir a permanência pelo incentivo da bolsa, entre outras. Há uma defesa dos egressos de que esta política poderia passar de uma “política de governo” para uma “política de Estado”.


Palavras-chave


Educação Básica; Educação Superior; PIBID

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