Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, III ENCONTRO DAS LICENCIATURAS REGIÃO SUL

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Preconceito Linguístico em sala de aula: Um obstáculo multilateral
Gabriela Eduarda Marcon, Gabriele Bitine, Jacob dos Santos Biziak, Juliana Schrainer

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Última alteração: 08-10-2019

Resumo


Este trabalho tem como objeto de estudo as atividades do projeto PIBID – Português com a proposta de ensino sobre preconceito linguístico na sala de aula, realizados em um Colégio Estadual Padre Ponciano em 2019. Serão discutidos os conceitos teóricos e as aplicações em sala de aula, bem como suas repercussões, baseado nos resultados e experiências que os participantes do projeto consideraram relevantes durante o primeiro semestre letivo de 2019. Falar sobre preconceito linguístico exige para fins de compreensão falar sobre o maior estudioso do assunto no Brasil, Marcos Bagno, teórico escolhido a fim de embasar nossa pesquisa e estudo, que dedica-se especialmente ao estudo da sociolinguística. O conceito de preconceito linguístico é discutido por ele em sua obra Preconceito Linguístico, o que é, como se faz (2008) e ocorre quando não se leva em consideração a variação linguística nas relações humanas e interações sociais. As variantes linguísticas surgem, se modificam e desaparecem em uma velocidade surpreendente de acordo com a localidade, uso frequente (ou não) e necessidade dos falantes. Segundo Bagno (2008), o preconceito linguístico é consequência de mitos presentes no cotidiano dos indivíduos e difundido em nossa sociedade através da gramática e métodos tradicionais e dos livros didático usados nas escolas e além delas. Esse método tradicional ignora as variantes linguísticas existentes na sociedade e usadas pelos indivíduos que fazem parte da comunidade escolar incentivando, consciente ou não, o preconceito linguístico nesse ambiente. A ligação entre educação e preconceito linguístico está no simples fato de que ele afeta o processo de ensino-aprendizagem dos alunos independente da faixa etária. Muitas vezes esse fenômeno é visto com ar cômico e pouco discutido nas instituições escolares, mas as consequências, nos piores casos, para quem sofre preconceito linguístico estão longe de serem engraçadas. Dentro desses locais as relações entre os indivíduos são estabelecidas histórica e socialmente, há uma hierarquia que direciona as relações entre os falantes. Uma vez presente o preconceito linguístico é capaz de desestabilizar essas relações e prejudicar a construção do próprio ser humano social, objetivo da instituição escolar, e esse é o foco de discussão desse trabalho. Não há como negar a importância que o respeito linguístico tem quando se fala em educação, porém é necessário discutir como melhorar a educação através dele evitando a prática do preconceito linguístico.


Palavras-chave


Preconceito Linguístico, Variantes Linguísticas, Educação, PIBID.

Referências


BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico - o que é, como se faz. 50 ed.São Paulo: Loyola, 2008.

BAGNO, Marcos et al. Linguística da Norma. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.


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