Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, III ENCONTRO DAS LICENCIATURAS REGIÃO SUL

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PRÁTICAS CULTURAIS E ESCOLA: A FRUIÇÃO ESTÉTICA NO ENSINO DO TEATRO
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Data: 12-11-2019 04:30  – 04:45
Última alteração: 31-10-2019

Resumo


O texto aponta as possibilidades encontradas na aula de Artes do segundo ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Jardim Independência, Sarandi, PR, com a ferramenta de aprendizagem e de transformação social, o Teatro do Oprimido, criado e sistematizado por Augusto Boal, para o artista-docente que deseja buscar promover de forma genuína e significativa, a redemocratização do ambiente escolar, que, por sua vez, proporciona a experiência de fruição estética aos seus alunos. O texto é iniciado com uma discussão que revela-se ser indispensável quando se leva em consideração o atual cenário político-social brasileiro, que caminha dia após dia para uma realidade que marginaliza e condena, as práticas culturais dentro e fora da sala de aula. Quando Koudela (2011) apresenta seu trabalho de deslocamento das crianças e adolescentes para o teatro, faz-se necessário levar em conta a problemática que envolve as proporções continentais do Brasil, ou seja, nem todas as escolas e seus artistas-docentes, terão, a abertura e a oportunidade de realizar tamanho investimento para com seus alunos. Isso devido a questões de infraestrutura, repasse de verbas por parte do governo, apoio da comunidade, interesse dos alunos e tantas outras diversas razões. Diante deste recorte é possível considerar a possibilidade de trabalhar o teatro do oprimido, em aula, que em suas diversas faces ocorre fazendo uso daquilo que está ao alcance, ou seja, surge justamente para lidar com a falta de recursos e de um ambiente democrático, e pode, portanto, acontecer com alunos de diversas classes sociais, colocando-os em posição de quem faz o teatro de agente. Tudo isso por meio dos jogos teatrais e ainda promovendo o uso de espaços como o auditório da escola, ou a quadra de esportes, o pátio, e até mesmo lugares impensáveis, como o banheiro ou a biblioteca. A proposta significa uma semente lançada em direção a experiência estética, uma prática cultural que redemocratiza o espaço escolar, com o teatro do oprimido, que se configura como um deslocamento e coloca os alunos em contato com o que se conhece por elementos fundamentais que compõem um espetáculo teatral.


Palavras-chave


Experiência estética; escola; ensino de teatro; práticas culturais; teatro do oprimido.

Referências


AUGUSTO Boal e o Teatro do Oprimido. Direção: Zelito Viana. Brasil. 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lL3-Wc305Gg>. Acesso em: 5 de maio 2019.


BOAL, A.. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. São Paulo: Cosac Naify, 2013.


CAMPOS, F. N., PANÚNCIO-PINTO, M. P., & SAEKI, T. (2014). Teatro do oprimido: um teatro das emergências sociais e do conhecimento coletivo. Psicologia & Sociedade, 26(3), 552-561.


KOUDELA, I. D.. A nova Proposta de ensino do Teatro. Sala Preta, Brasil, v. 2, p. 233-239, nov. 2011. ISSN 2238-3867. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57096/60084>. Acesso em: 27 maio 2019. doi:http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v2i0p233-239


SANTANA, A. P.. A experiência estética com fundamento da preparação docente: um estudo de caso. Disponível em: <http://portalabrace.org/vicongresso/pedagogia/ARAO%20P%20SANTANA%20-%20A%20experiencia%20estetica%20com%20fundamento%20da%20preparacao%20docente.pdf>. Acesso em: 4 de maio 2019.



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