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O IMPACTO DOS GRUPOS BALINT NA FORMAÇÃO MÉDICA: REVISÃO DE LITERATURA
Última alteração: 05-10-2020
Resumo
Introdução
O grupo Balint é uma ferramenta idealizada por Michael e Ednid Balint, que busca compreender as relações médico-paciente e, como consequência, aperfeiçoar esse encontro. A metodologia balintiana se concentra em pequenos grupos, onde médicos ou estudantes de medicina exercem um papel de escuta ativa enquanto um dos membros verbaliza situações vividas em seu cotidiano médico. Essa temática encontra em ascensão devido à necessidade de uma formação mais humanizada.
Objetivo
O presente estudo objetiva avaliar o papel dos grupos Balint, analisando seu impacto na formação médica.
Materiais e Métodos
Estudo descritivo realizado a partir da busca de publicações no SCIELO, MEDLINE e PubMed, a partir de 2009, e a combinação de palavras chaves foi: “Balint group” e “medical education”. Foram incluídos artigos com resumos disponíveis nos idiomas português e inglês.
Resultados
Os artigos revisados, como o estudo de Yakeley et al., ressaltam a importância dos grupos Balint, que tem efeito direto sobre o comportamento social dos acadêmicos e residentes de medicina, ajudando no desenvolvimento da escuta e da reflexão, o que aprimora as habilidades da relação médico-paciente. Além disso, o relato de Airagnes et al. traz que a participação nos grupos aumentou a empatia entre os estudantes de medicina. Torppa et al. identificaram quatro temas que estavam sempre presentes nos grupos Balint, sendo eles sentimentos relacionados aos pacientes, construção de identidade profissional, modelos negativos e cooperação com outros profissionais médicos e observaram que as discussões giravam em torno de cinco gatilhos: injustiça, conflito de valores, relações humanas difíceis, paciente incurável e confusão de papéis, tendo o grupo importante função de ajudar os estudantes a lidarem com essas situações. Ademais, foi descoberto por Bar-Sela et al. que a participação no grupo de Balint foi capaz de melhorar as habilidades de comunicação e de diminuir o desgaste dos residentes. Por fim, é importante incluir que Albert Lichtenstein et al., ao analisarem 25 casos de grupos de Balint, observaram que 36% dos casos propiciaram oportunidades de aprendizagem.
Conclusão
Fica evidente ao avaliar o papel dos grupos Balint, sua atuação positiva na formação médica. Seja no desenvolvimento de empatia, consciência coletiva ou visão biopsicossocial. Além de uma construção de identidade profissional mais humana e holística.
O grupo Balint é uma ferramenta idealizada por Michael e Ednid Balint, que busca compreender as relações médico-paciente e, como consequência, aperfeiçoar esse encontro. A metodologia balintiana se concentra em pequenos grupos, onde médicos ou estudantes de medicina exercem um papel de escuta ativa enquanto um dos membros verbaliza situações vividas em seu cotidiano médico. Essa temática encontra em ascensão devido à necessidade de uma formação mais humanizada.
Objetivo
O presente estudo objetiva avaliar o papel dos grupos Balint, analisando seu impacto na formação médica.
Materiais e Métodos
Estudo descritivo realizado a partir da busca de publicações no SCIELO, MEDLINE e PubMed, a partir de 2009, e a combinação de palavras chaves foi: “Balint group” e “medical education”. Foram incluídos artigos com resumos disponíveis nos idiomas português e inglês.
Resultados
Os artigos revisados, como o estudo de Yakeley et al., ressaltam a importância dos grupos Balint, que tem efeito direto sobre o comportamento social dos acadêmicos e residentes de medicina, ajudando no desenvolvimento da escuta e da reflexão, o que aprimora as habilidades da relação médico-paciente. Além disso, o relato de Airagnes et al. traz que a participação nos grupos aumentou a empatia entre os estudantes de medicina. Torppa et al. identificaram quatro temas que estavam sempre presentes nos grupos Balint, sendo eles sentimentos relacionados aos pacientes, construção de identidade profissional, modelos negativos e cooperação com outros profissionais médicos e observaram que as discussões giravam em torno de cinco gatilhos: injustiça, conflito de valores, relações humanas difíceis, paciente incurável e confusão de papéis, tendo o grupo importante função de ajudar os estudantes a lidarem com essas situações. Ademais, foi descoberto por Bar-Sela et al. que a participação no grupo de Balint foi capaz de melhorar as habilidades de comunicação e de diminuir o desgaste dos residentes. Por fim, é importante incluir que Albert Lichtenstein et al., ao analisarem 25 casos de grupos de Balint, observaram que 36% dos casos propiciaram oportunidades de aprendizagem.
Conclusão
Fica evidente ao avaliar o papel dos grupos Balint, sua atuação positiva na formação médica. Seja no desenvolvimento de empatia, consciência coletiva ou visão biopsicossocial. Além de uma construção de identidade profissional mais humana e holística.
Palavras-chave
Educação em Saúde; Humanização da Assistência; Relações Médico-Paciente