Tamanho da fonte: 

Introdução: Em Janeiro de 2020 o Brasil se deparou com uma doença conhecida por SARS-CoV-2 ou Novo Coronavírus (COVID 19), onde no dia 30 do mesmo mês a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou se tratar de uma grande emergência de saúde pública a nível internacional, porém somente em 11 de Março do ano corrente a mesma foi definida como uma pandemia. O primeiro caso no Brasil se deu em Fevereiro de 2020 na cidade de São Paulo, hoje temos em média 10.368.165 casos e 507.188 mortes no mundo. Com isso, vários prejuízos estão sendo gerados na população, tanto financeiro, quanto psicológico, social e político. Os profissionais da área da saúde se depararam com uma situação atípica, onde de repente precisaram atuar frente a uma patologia nova. Foi observado que os profissionais de saúde estão em constante pressão psicológica seja por viverem em contato com pacientes positivados, correndo o risco de se infectarem e contaminarem os seus familiares ou colegas de trabalho, por terem que se distanciar de seus familiares e amigos, por ter que lidar com o sofrimento dos pacientes e de seus familiares ou simplesmente pela extensa jornada de trabalho. Diante desses fatores ocorrem impactos muitas vezes irreparáveis na saúde mental desses profissionais. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os impactos da pandemia na saúde mental de profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate ao COVID 19, em um hospital de campanha da cidade de Sobral/CE. Material e Métodos: Trata-se de um relato de experiência da atuação dos profissionais da saúde no enfrentamento do COVID 19, onde o local de estudo foi o Hospital de campanha Doutor Estevam, na cidade de Sobral/CE. Resultados: As maiores dificuldades encontradas pelos profissionais que estão na linha de frente são o uso por várias horas de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), as dores decorrentes das imensas horas de plantão, sensação de insegurança, medo e impotência, o isolamento dos seus familiares e amigos, o estresse e a sobrecarga no ambiente de trabalho, a dificuldade em realizar o autocuidado, a insônia, o medo de levar o vírus para os seus familiares e a mudança brusca em suas rotinas. Ocasionando assim vários distúrbios psicológicos. Conclusão: Conclui-se que atuar na linha de frente no combate ao COVID 19 tem gerado grandes impactos na vida dos profissionais da saúde, onde foi observado que o maior impacto foi o fator psíquico e o aparecimento de manifestações psicopatológicas, ocasionando em grandes níveis de estresse, ansiedade e distúrbio do sono, bem como distúrbios musculoesqueléticos.

Saúde Mental; COVID 19; Profissionais da Saúde