Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO VACINAL DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ADMITIDOS NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DO CHC/UFPR NO ANO DE 2019
EMANUELI CRISTINI SOUZA DA COSTA, KARIN REGINA LUHM, FABIANA COSTA DE SENNA ÁVILA FARIAS, FABÍOLA DO NASCIMENTO MOREIRA, BERNARDO MONTESANTI MACHADO DE ALMEIDA, BETINA MENDEZ ALCÂNTARA GABARDO

Última alteração: 05-10-2020

Resumo


Introdução: A imunização de profissionais da área de saúde, tem como propósito assegurar a proteção do trabalhador contra doenças imunopreveníveis em decorrência de sua área de atuação que os tornam vulneráveis, e capazes de veicular a transmissão de agentes infecciosos. O presente estudo realizado pelo projeto “Prevenção de doenças imunopreveníveis em discentes dos cursos de graduação da área de saúde da UFPR” em parceria com o Serviço de Epidemiologia/Unidade de Vigilância em Saúde do Complexo Hospital de Clínicas (CHC-UFPR), teve como objetivo analisar a situação vacinal, dos profissionais de saúde admitidos em 2019 no Programa de Residência Médica e Multiprofissional, em relação às recomendações do Ministério da Saúde para profissionais de saúde. Metodologia: Foram avaliados os dados referentes à adesão ao projeto e situação vacinal dos residentes, com análise da carteira de vacinação referente às vacinas contra hepatite B, VTV (sarampo, rubéola e caxumba), dT (tétano e difteria). Assim como a história pregressa de varicela e/ou vacina contra varicela, e a vacina dTpa (com componente coqueluche), para aqueles que atuam na maternidade Resultados: Dos 280 residentes que ingressaram em 2019, 236 (84,2%) aderiram ao projeto. Entre os residentes com carteira avaliada 93% possuía esquema vacinal completo para hepatite B, 68,6% para a vacina tríplice viral, e 86% esquema em dia para dT .Vale acrescentar, 187 residentes (79%) tinham história de varicela ou recebido duas doses da vacina, Apenas 22,4% dos profissionais com indicação prioritária de vacina para coqueluche estavam com a dose em dia. Considerando-se também os alunos imunes a varicela, a proporção global de esquema em dia, sem nenhuma recomendação para adequação do esquema vacinal foi de 37,7%. Dentre os residentes avaliados 52 faziam parte da residência multiprofissional, que abrange vários cursos da área da saúde, dos quais 34% apresentaram situação vacinal completa. Entre os 174 participantes da residência médica 43% apresentaram esquema completo. Considerações finais: Observou-se baixa proporção de esquema de vacinação completo, indicando falhas na atualização do esquema vacinal durante a graduação, momento em que os mesmos já se encontram submetidos às mesmas condições de risco de profissionais de saúde. A baixa proporção de esquema em dia associada ao não envio de carteiras por 15,8% dos profissionais revela ainda a falta de prioridade da vacinação por estes profissionais de saúde colocando a si mesmo em risco e também aos pacientes que são atendidos no serviço, situação que se agrava visto o perfil do hospital de atendimento a muitos grupos de alto risco, como prematuros extremos e portadores de doenças que levam à imunossupressão.

Palavras-chave


Imunização; Profissionais da Saúde; Cobertura vacinal