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AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO VACINAL DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ADMITIDOS NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DO CHC/UFPR NO ANO DE 2019
Última alteração: 05-10-2020
Resumo
Introdução: A imunização de profissionais da área de saúde, tem como propósito assegurar a proteção do trabalhador contra doenças imunopreveníveis em decorrência de sua área de atuação que os tornam vulneráveis, e capazes de veicular a transmissão de agentes infecciosos. O presente estudo realizado pelo projeto “Prevenção de doenças imunopreveníveis em discentes dos cursos de graduação da área de saúde da UFPR” em parceria com o Serviço de Epidemiologia/Unidade de Vigilância em Saúde do Complexo Hospital de Clínicas (CHC-UFPR), teve como objetivo analisar a situação vacinal, dos profissionais de saúde admitidos em 2019 no Programa de Residência Médica e Multiprofissional, em relação às recomendações do Ministério da Saúde para profissionais de saúde. Metodologia: Foram avaliados os dados referentes à adesão ao projeto e situação vacinal dos residentes, com análise da carteira de vacinação referente às vacinas contra hepatite B, VTV (sarampo, rubéola e caxumba), dT (tétano e difteria). Assim como a história pregressa de varicela e/ou vacina contra varicela, e a vacina dTpa (com componente coqueluche), para aqueles que atuam na maternidade Resultados: Dos 280 residentes que ingressaram em 2019, 236 (84,2%) aderiram ao projeto. Entre os residentes com carteira avaliada 93% possuía esquema vacinal completo para hepatite B, 68,6% para a vacina tríplice viral, e 86% esquema em dia para dT .Vale acrescentar, 187 residentes (79%) tinham história de varicela ou recebido duas doses da vacina, Apenas 22,4% dos profissionais com indicação prioritária de vacina para coqueluche estavam com a dose em dia. Considerando-se também os alunos imunes a varicela, a proporção global de esquema em dia, sem nenhuma recomendação para adequação do esquema vacinal foi de 37,7%. Dentre os residentes avaliados 52 faziam parte da residência multiprofissional, que abrange vários cursos da área da saúde, dos quais 34% apresentaram situação vacinal completa. Entre os 174 participantes da residência médica 43% apresentaram esquema completo. Considerações finais: Observou-se baixa proporção de esquema de vacinação completo, indicando falhas na atualização do esquema vacinal durante a graduação, momento em que os mesmos já se encontram submetidos às mesmas condições de risco de profissionais de saúde. A baixa proporção de esquema em dia associada ao não envio de carteiras por 15,8% dos profissionais revela ainda a falta de prioridade da vacinação por estes profissionais de saúde colocando a si mesmo em risco e também aos pacientes que são atendidos no serviço, situação que se agrava visto o perfil do hospital de atendimento a muitos grupos de alto risco, como prematuros extremos e portadores de doenças que levam à imunossupressão.
Palavras-chave
Imunização; Profissionais da Saúde; Cobertura vacinal