Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DAS PROFESSORAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE PARANAGUÁ
MARIA LUIZA BANKS MACHADO PORFIRIO, LUCIANA PERINI, TAINÁ RIBAS MÉLO, EVALDO RIBEIRO JR, VANESSA DE OLIVEIRA LUCCHESI, SILMARA SOUZA LIMA

Última alteração: 05-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: A prática de atividade física (AF) é associada á benefícios para saúde, como, melhora da composição e mobilidade corporal, autoestima, autoconceito, imagem corporal e percepção de qualidade de vida. Por outro lado o sedentarismo é associado a doenças crônico degenerativas, como hipertensão, diabetes e a obesidade, e que chegam a responder por 74% de mortes no Brasil. Há fortes indícios de mulheres serem menos ativas fisicamente. Quantificar o nível de AF de uma região ou grupo populacional favorece a criação de políticas públicas de incentivo a prática de exercícios físicos e promoção da saúde, considerando suas relações sociais, de gênero e/ou trabalho. OBJETIVO: Mensurar o nível de AF de professoras da rede de ensino pública do município de Paranaguá-PR. METODOLOGIA: Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética (parecer 2.884.824) realizado com professoras da rede municipal de ensino de Paranaguá-PR, participantes do Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor que busca orientar e promover ações de saúde aos servidores do magistério. Foi aplicado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta. Desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), avalia por meio de autorrelato o tempo gasto semanalmente em AF de caminhada, AF moderadas e AF vigorosas, permitindo classificar o nível de AF numa escala de i) sedentário, ii) insuficientemente ativo, iii) ativo e iv) muito ativo. Na análise estatística foi realizado estudo descritivo e correlação de Spearman entre IMC e IPAQ. RESULTADOS: Responderam ao estudo 99 professoras, idade média de 42 ± 9,1 anos, peso 73,7 ± 14,6 kg, estatura 1,62 ± 0,1 m e IMC 28,16 ± 5,38 kg/m². Pelo IPAQ: 17,2% das professoras foram classificadas sedentárias; 29,3% insuficientemente ativas; 46,5% ativas e 7,1% muito ativas. Pelo valor médio de IMC pode-se dizer que as professoras estão na faixa de sobrepeso segundo parâmetros da OMS, sendo 72% classificadas em sobrepeso e 28% peso normal. Não houve correlação significativa entre classificação pelo IPAQ e IMC, porém observou-se correlação inversa de 19% (p=0,05) entre tempo de caminhada semanal e IMC. CONCLUSÕES: Quase metade (46,5%) das professoras demonstram nível de AF abaixo do ideal para saúde. A ausência de correlação entre IPAQ e IMC, pode indicar que outros fatores, além do sedentarismo, podem estar contribuindo para o elevado IMC. Por exemplo, fatores alimentares, mas essa hipótese necessita ser testada em outros estudos. Embora baixa correlação entre AF leves de caminhada e IMC, parece que estas são as que mais contribuem na diminuição do IMC para esta amostra. Isto não significa que as AF moderadas e intensas não sejam eficientes, mas que talvez estas professoras necessitam maior acesso e adesão a estas.

Palavras-chave


Saúde; Comportamento Sedentário; Docentes;