Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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RELAÇÃO ENTRE RENDA E PREVALÊNCIA DE PARASITOSES NA INFÂNCIA: REVISÃO DE LITERATURA
VANESSA MIRTIANY FREIRE DOS SANTOS, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA, SARAH CARDOSO DE ALBUQUERQUE, JOYCE KELLY DA SILVA, ANA CAROLINE MELO DOS SANTOS, SUIAN SAVIA NUNES SANTOS

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A parasitose é o estado de infecção cuja agressão repercute prejudicialmente sobre o hospedeiro. É considerada endêmica em países do terceiro mundo, onde se constituem problemas de saúde pública. As infecções causadas por parasitas intestinais são frequentes em crianças e estão entre as doenças mais corriqueiras da população de baixa renda, devido aos hábitos inadequados de higiene, além de um número significativo de óbitos entre crianças de 1 a 6 anos. As parasitoses intestinais, como as helmintíases e protozooses, representam a doença mais comum do globo terrestre. Objetivos: Discutir a presença de parasitas intestinais em crianças de baixa renda. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura através de pesquisa nas bases de dados BVS – Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Foram incluídos artigos nacionais e internacionais, que tratavam da presença de parasitoses em crianças de baixa renda em situações sanitárias precárias, com os seguintes descritores: “parasita”, “criança” e “pobreza”. Resultados: Após realização dos critérios de inclusão, 6 artigos científicos foram inclusos na pesquisa. Foi visto que as infecções parasitárias intestinais podem ocasionar morbidade e déficits que comprometem o desenvolvimento físico e psíquico das crianças, como crescimento prejudicado e deficiências em vitamina A e ferro, induzidas por anorexia, náusea, diarreia e vômito, reduções na digestão e absorção e aumento da perda de nutrientes. As infecções são adquirida através da transmissão fecal-oral, causada pela ingestão de água e alimentos contaminados em decorrência de inadequada infraestrutura do saneamento, maus hábitos de higiene e baixa situação econômica. As crianças de 1 a 6 anos que vivem em meio urbano pobre e rural são as mais expostas, pois ainda estão adquirindo conhecimento sobre hábitos de higiene adequados, a imunidade ainda é imatura e possuem maior contato com o solo. Crianças que frequentam creches, são especialmente vulneráveis a Giardia duodenalis e Cryptosporidium sp., sendo a aglomeração nas creches um fator de risco. As infecções são comuns em ambientes urbanos com pouco saneamento, possivelmente pelo depósito inapropriado das fezes, que poluem as fontes das águas, e, pelos alimentos não higienizados devido a falta de educação em saúde nesses locais. Conclusões: As infecções parasitárias são muito graves entre as crianças em idade escolar, portanto, programas regulares de desparasitação em massa , educação em saúde e fornecimento de água potável são recomendados para combater a doença. O fornecimento de vermífugos como medida auxiliar para combater as causas da desnutrição e da anemia em crianças, já que a erradicação das parasitoses envolve medidas de longo prazo, como programas de orientação educacional e otimização das condições de saneamento básico.

Palavras-chave


Parasita; Fatores de risco; Relações Hospedeiro-Parasita;