Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AS IMPLICAÇÕES DA COVID-19 SOBRE O ACRÉSCIMO NA INCIDÊNCIA DOS CASOS DE VIOLÊNCIA INFANTIL
MARIA LUIZA SILVA NORMANDES, LIZANDRO LEITE BRITO, DANYELLE SOARES GOUVEIA DA SILVA, MATHEUS SILVA DUARTE DE OLIVEIRA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da doença COVID-19, tem alterado a rotina de grande parte dos indivíduos, e com base em situações de distanciamento social vivenciadas, associado a outros fatores de risco, observa-se o aumento súbito do registro de casos de violência nesse contexto, em especial, a infantil. Nesse viés, medidas de proteção à criança, nos diferentes âmbitos sociais, em contraposição a tais atos tornam-se essenciais para quebra do ciclo de agressões e garantia dos direitos ao público infantil. Objetivos: Esse estudo aspira analisar as implicações dos fatores de risco para o acréscimo nos casos de violência infantil durante a pandemia por SARS-CoV-2 e seus efeitos sobre suas vítimas. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática no qual foram selecionados artigos publicados em dezembro de 2019 a junho de 2020, guiada pelas recomendações do PRISMA, mediante busca nas bases de dados Scientific Electronic Library Online, além do MEDLINE, com a estratégia de busca: "Child Abuse" e “COVID”. Nos critérios de inclusão, foram utilizados os seguintes aspectos: relato de caso, estudo transversal e ensaio clínico randomizado controlado, publicados em português ou inglês. No total, encontrou-se 74 estudos, sendo incluídos 11 trabalhos no final sob a ótica dos padrões mencionados. Resultados: Constatou-se a influência de vários fatores no tocante ao acréscimo dos casos de violência infantil, demonstrando-se com maior influência aspectos relativos à vulnerabilidade socioeconômica, mudança na dinâmica familiar e de acessos aos serviços públicos e privados. Nessa perspectiva, torna-se claro uma estreita relação entre tais causas e seus impactos negativos sobre a saúde física, mental e no funcionamento psicossocial nas crianças. Por consequência, em soma as iniciativas tomadas por organizações no período de pandemia, é essencial maior abordagem multidisciplinar e intersetorial da problemática em foco. Conclusão: Destarte, a partir das correlações traçadas entre os efeitos sociais em decorrência da pandemia e as suas implicações sobre os casos de violência infantil, é notório a maior vulnerabilidade desse público frente as novas circunstâncias vivenciadas, tornando-se primordial o acréscimo de medidas para combate e oferta de apoio multiprofissional necessários as vítimas desse tipo de agressão.

Palavras-chave


Violência infantil; Proteção Infantil; COVID-19