Tamanho da fonte:
COMUNIDADE LGBTQ+ NO BRASIL: SAÚDE E VULNERABILIDADES
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A comunidade LGBTQ+ é integrada por uma enorme gama de diversidade para inclusão das mais diversas orientações sexuais e identidades de gênero. O movimento LGBTQ+ no Brasil nasceu no contexto da Ditadura Militar e foi progressivamente ganhando força e conquistando políticas públicas diversas, como forma de combate à vulnerabilidades como preconceito, desigualdade social, alvo de ofensas pejorativas, discriminação e falta de suporte físico e emocional. Quanto à saúde, políticas como a Política Nacional de Saúde Integral da Comunidade LGBT, visam atender às demandas da comunidade de forma abrangente, buscando atender também no que tange às vulnerabilidades sociais, visando diminuir o preconceito social e institucional. A comunidade é expansível, e, como parte integrante da população brasileira, almeja direito de expressão de seus integrantes e saúde de forma ampla, aspirando que haja segurança e inclusão para isso. Objetivos: Compreender a extensão da comunidade LGBTQ+ e sua história; estudo das políticas públicas de combate às vulnerabilidades da comunidade no Brasil e a análise do acesso LGBTQ+ à saúde no Brasil; usar redes sociais para expansão e compartilhamento de conhecimento; uso de conhecimento obtido em participação na disciplina de Saúde Coletiva I, do curso de medicina da Universidade Positivo. Materiais e métodos: Pesquisa bibliográfica e revisão de literatura de artigos científicos publicados. Resultados: A partir do estudo, desenvolveu-se uma iniciativa de abordagem à população, com foco em universitários parte da comunidade, por uso do Instagram. A iniciativa oferece suporte emocional sigiloso, por meio da rede social, para suprir uma carência indicada durante análise da saúde mental da comunidade. Conclusão: Por meio das análises, percebeu-se como as vulnerabilidades da comunidade LGBTQ+ afetam questões de saúde da população, visto que esta sofre física e emocionalmente os reflexos da discriminação sofrida na sociedade. Na Constituição de 1988, a saúde do indivíduo é um conceito amplo, não apenas médico sanitário, por isso a importância do estudo da comunidade como um todo. A violência social gera números como ocorrência de 329 mortes no ano de 2019, sendo 297 homicídios. A saúde mental da comunidade também é motivo de atenção: depressão e ansiedade são comuns em integrantes, sendo o suicídio 3 vezes mais comum de ser pensado e 5 vezes mais provável de ser executado. Além disso, a população carece também em questões de saúde sexual, principalmente pelo tabu que a cerca. Há alta incidência de contaminação por IST, como HPV e hepatite B, e também maior taxa de exposição de LGBTQ+ ao vírus HIV. O movimento social da comunidade é um processo de luta constante para buscar garantir igualdade social, liberdade sexual, saúde mental e acesso à atendimento médico sanitário de forma justa, sendo um processo que envolve profundas transformações históricas, culturais e sociais.
Palavras-chave
Minorias Sexuais e de Gênero; Saúde Pública; Vulnerabilidade em Saúde;