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VULNERABILIDADE DAS COMUNIDADES INDÍGENAS DIANTE A PANDEMIA COVID-19
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: Historicamente, a população indígena esteve exposta a diversas patologias trazidas pelo homem branco. Hoje, um grande número de comunidades indígenas apresentam gargalos que garantem a continuação da propagação de doenças infectocontagiosas. Com o avanço do número de casos do novo coronavírus no Brasil, essa população se encontra novamente exposta a mais uma ameaça patológica.
OBJETIVO: este trabalho objetiva analisar a atual situação de direitos vulnerados da população indígena do nacional, diante o aumento de casos de COVID-19 no território brasileiro, buscando evidenciar as principais nuances que intensificam a propagação do novo coronavírus nesses povos.
METODOLOGIA: Tal trabalho se trata de uma revisão bibliográfica, utilizando-se de 15 artigos científicos, com publicações datadas entre 2017 e 2020, indexadas nas bases de dados Public Medline, Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online, cujos descritores são ”vulnerabilidade”, ”comunidades indígenas”, ”covid-19”.
RESULTADOS: A apartir da análise de 15 artigos, obtidos da base de dados Public Medline, Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online, usando os descritores "vulnerabilidade", "comunidades indígenas", "covid-19", verificou-se que cerca de 572 mil indígenas, do total de 896 mil no país, em 2010, ou 63,8 %, viviam na área rural enquanto que 517 mil, ou 57,5 %, moravam em Terras Indígenas oficialmente reconhecidas. Grande parte das terras indígenas não apresentam acesso a recursos básicos de de saúde. Vários fatores tem contribuído para o aumento de doenças infectocontagiosas entre a população indígena, dentre eles a invasão das terras desses povos. Mais de 20 mil garimpeiros estão instalados ilegalmente em território do povo yanomami, região onde ocorreu a primeira morte de um indígena por covid-19. Além disso, alguns estudos mostram que menos de 10% dos municípios brasileiros com terras indígenas possuem leitos de UTI, sendo agravado pelas grandes distâncias que as principais aldeias indígenas, que se encontram em situação crítica de vulnerabilidade, estão dos centros urbanos com UTIs. Um estudo promovido pela FioCruz, durante um surto de gripe inflenza A, entre março e abril de 2016, em uma aldeia guarani de Paraty Mirim, no Rio de Janeiro, indicou que a incidência da Síndrome Respiratória Aguda Grave na aldeia foi 4,5 vezes maior do que o verificado nos outros segmentos da população brasileira durante um surto de influenza.
CONCLUSÃO: Analisando a atual expansão do casos de covid-19, percebe-se que a população indígena do país apresenta maior probabilidade de contrair doenças infecciosas que ainda assolam vários segmentos do país, influenciadas, principalmente, pelas mazelas sociais. Assim, cabe uma maior atenção do Poder Público, visando combater tais irregularidades sociais.
OBJETIVO: este trabalho objetiva analisar a atual situação de direitos vulnerados da população indígena do nacional, diante o aumento de casos de COVID-19 no território brasileiro, buscando evidenciar as principais nuances que intensificam a propagação do novo coronavírus nesses povos.
METODOLOGIA: Tal trabalho se trata de uma revisão bibliográfica, utilizando-se de 15 artigos científicos, com publicações datadas entre 2017 e 2020, indexadas nas bases de dados Public Medline, Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online, cujos descritores são ”vulnerabilidade”, ”comunidades indígenas”, ”covid-19”.
RESULTADOS: A apartir da análise de 15 artigos, obtidos da base de dados Public Medline, Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online, usando os descritores "vulnerabilidade", "comunidades indígenas", "covid-19", verificou-se que cerca de 572 mil indígenas, do total de 896 mil no país, em 2010, ou 63,8 %, viviam na área rural enquanto que 517 mil, ou 57,5 %, moravam em Terras Indígenas oficialmente reconhecidas. Grande parte das terras indígenas não apresentam acesso a recursos básicos de de saúde. Vários fatores tem contribuído para o aumento de doenças infectocontagiosas entre a população indígena, dentre eles a invasão das terras desses povos. Mais de 20 mil garimpeiros estão instalados ilegalmente em território do povo yanomami, região onde ocorreu a primeira morte de um indígena por covid-19. Além disso, alguns estudos mostram que menos de 10% dos municípios brasileiros com terras indígenas possuem leitos de UTI, sendo agravado pelas grandes distâncias que as principais aldeias indígenas, que se encontram em situação crítica de vulnerabilidade, estão dos centros urbanos com UTIs. Um estudo promovido pela FioCruz, durante um surto de gripe inflenza A, entre março e abril de 2016, em uma aldeia guarani de Paraty Mirim, no Rio de Janeiro, indicou que a incidência da Síndrome Respiratória Aguda Grave na aldeia foi 4,5 vezes maior do que o verificado nos outros segmentos da população brasileira durante um surto de influenza.
CONCLUSÃO: Analisando a atual expansão do casos de covid-19, percebe-se que a população indígena do país apresenta maior probabilidade de contrair doenças infecciosas que ainda assolam vários segmentos do país, influenciadas, principalmente, pelas mazelas sociais. Assim, cabe uma maior atenção do Poder Público, visando combater tais irregularidades sociais.
Palavras-chave
Covid-19; vulnerabilidade; comunidades indígenas;