Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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CATEGORIA DE DIETA PRESCRITA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR
JENNIFER JAQUELINE DE OLIVEIRA, RAPHAELA PIAZZA DA CRUZ DE CARVALHO, ISABELLA BAHIA DUTRA REZENDE, ERIKA KLINGELFUS DE ALMEIDA SILVA, PAULA HOBI WEISS CUNHA DE CASTILHO, MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A Nutrição Enteral (NE) é destinada a indivíduos que apresentem
incapacidade de atingir sua demanda nutricional por via oral.
É recomendada para garantir o aporte de nutrientes em quantidades adequadas,
buscando recuperar ou manter o Estado Nutricional (EN). O EN reflete condições de
saúde associados com satisfação das necessidades nutricionais, que podem ser afetadas
por fatores vários. Portanto, é fundamental considerar aspectos biopsicossociais, para
então se recomendar a dieta mais adequada (com alimentos, mista ou comercial),
segundo a realidade de todos, respeitando as necessidades nutricionais do usuário e
garantindo o seu Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Objetivo:
Verificar associação entre categoria de dieta prescrita e Índice de Massa Corporal (IMC)
de pacientes em TNED. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal,
realizado em 2017, com 151 indivíduos em TNED, acompanhados pelo Programa de
Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação e
aprovado pelo CEP sob número 49265615.1.0000.0102/2015. Foram selecionados 79
pacientes que recebiam TNED e possuíam dados registrados da nutrição administrada,
de peso e altura para serem classificados de acordo com o IMC (<18,5 kg/m2 baixo
peso; 18,5 - 24,9 kg/m2 eutrofia; 25,0 - 29,9 kg/m2 sobrepeso e >30 kg/m2 obesidade,
exceto para idosos onde não há classificação de obesidade). Resultados: Entre os
avaliados 17 pacientes faziam uso da fórmula artesanal, 9 (52,9%) estavam eutróficos e
8 (47%) com baixo peso. Dos 34 pacientes que utilizavam dieta mista, 20 (58,8%)
apontaram baixo peso, 12 (35,2%) eutrofia e 2 (5,8%) sobrepeso. Dos 28 pacientes
faziam uso da fórmula enteral comercial, 15 (53,5%) estavam eutróficos, 8 (28,5%)
apresentaram baixo peso e 5 (17,8%) sobrepeso ou obesidade. Considerações finais:
Dos pacientes que faziam uso de dieta mista, a maioria apresentavam baixo
peso, seguida de eutrofia. No caso da dieta comercial o cenário foi inverso.
Sobre a utilização de dieta artesanal, os pacientes estavam eutróficos ou com baixo
peso, sendo o único cenário que não houve pacientes com sobrepeso ou obesidade.
O EN pode estar relacionado com dieta, porém ainda com a doença de base, seu estágio,
atrofias pela redução da funcionalidade entre outros aspectos. O IMC é um indicador
utilizado para indivíduos normais, avalia massa corpórea total, muitas vezes não
identifica as alterações corporais de indivíduos acamados. Portanto para promover
melhor desfechos clínicos e processo de cuidado, é essencial considerar outros
parâmetros de EN, assim como, na prescrição da nutrição enteral deve se optar por
aquela que atenda o usuário em sua plenitude, segundo princípios da Segurança
Alimentar e Nutricional, em quantidade, qualidade, segurança, diversidade, acesso aos
alimentos, de modo permanente, baseado no DHAA.

Palavras-chave


Nutrição enteral; Estado nutricional; Atenção domiciliar;