Tamanho da fonte:
CATEGORIA DE DIETA PRESCRITA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A Nutrição Enteral (NE) é destinada a indivíduos que apresentem
incapacidade de atingir sua demanda nutricional por via oral.
É recomendada para garantir o aporte de nutrientes em quantidades adequadas,
buscando recuperar ou manter o Estado Nutricional (EN). O EN reflete condições de
saúde associados com satisfação das necessidades nutricionais, que podem ser afetadas
por fatores vários. Portanto, é fundamental considerar aspectos biopsicossociais, para
então se recomendar a dieta mais adequada (com alimentos, mista ou comercial),
segundo a realidade de todos, respeitando as necessidades nutricionais do usuário e
garantindo o seu Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Objetivo:
Verificar associação entre categoria de dieta prescrita e Índice de Massa Corporal (IMC)
de pacientes em TNED. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal,
realizado em 2017, com 151 indivíduos em TNED, acompanhados pelo Programa de
Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação e
aprovado pelo CEP sob número 49265615.1.0000.0102/2015. Foram selecionados 79
pacientes que recebiam TNED e possuíam dados registrados da nutrição administrada,
de peso e altura para serem classificados de acordo com o IMC (<18,5 kg/m2 baixo
peso; 18,5 - 24,9 kg/m2 eutrofia; 25,0 - 29,9 kg/m2 sobrepeso e >30 kg/m2 obesidade,
exceto para idosos onde não há classificação de obesidade). Resultados: Entre os
avaliados 17 pacientes faziam uso da fórmula artesanal, 9 (52,9%) estavam eutróficos e
8 (47%) com baixo peso. Dos 34 pacientes que utilizavam dieta mista, 20 (58,8%)
apontaram baixo peso, 12 (35,2%) eutrofia e 2 (5,8%) sobrepeso. Dos 28 pacientes
faziam uso da fórmula enteral comercial, 15 (53,5%) estavam eutróficos, 8 (28,5%)
apresentaram baixo peso e 5 (17,8%) sobrepeso ou obesidade. Considerações finais:
Dos pacientes que faziam uso de dieta mista, a maioria apresentavam baixo
peso, seguida de eutrofia. No caso da dieta comercial o cenário foi inverso.
Sobre a utilização de dieta artesanal, os pacientes estavam eutróficos ou com baixo
peso, sendo o único cenário que não houve pacientes com sobrepeso ou obesidade.
O EN pode estar relacionado com dieta, porém ainda com a doença de base, seu estágio,
atrofias pela redução da funcionalidade entre outros aspectos. O IMC é um indicador
utilizado para indivíduos normais, avalia massa corpórea total, muitas vezes não
identifica as alterações corporais de indivíduos acamados. Portanto para promover
melhor desfechos clínicos e processo de cuidado, é essencial considerar outros
parâmetros de EN, assim como, na prescrição da nutrição enteral deve se optar por
aquela que atenda o usuário em sua plenitude, segundo princípios da Segurança
Alimentar e Nutricional, em quantidade, qualidade, segurança, diversidade, acesso aos
alimentos, de modo permanente, baseado no DHAA.
incapacidade de atingir sua demanda nutricional por via oral.
É recomendada para garantir o aporte de nutrientes em quantidades adequadas,
buscando recuperar ou manter o Estado Nutricional (EN). O EN reflete condições de
saúde associados com satisfação das necessidades nutricionais, que podem ser afetadas
por fatores vários. Portanto, é fundamental considerar aspectos biopsicossociais, para
então se recomendar a dieta mais adequada (com alimentos, mista ou comercial),
segundo a realidade de todos, respeitando as necessidades nutricionais do usuário e
garantindo o seu Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Objetivo:
Verificar associação entre categoria de dieta prescrita e Índice de Massa Corporal (IMC)
de pacientes em TNED. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal,
realizado em 2017, com 151 indivíduos em TNED, acompanhados pelo Programa de
Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação e
aprovado pelo CEP sob número 49265615.1.0000.0102/2015. Foram selecionados 79
pacientes que recebiam TNED e possuíam dados registrados da nutrição administrada,
de peso e altura para serem classificados de acordo com o IMC (<18,5 kg/m2 baixo
peso; 18,5 - 24,9 kg/m2 eutrofia; 25,0 - 29,9 kg/m2 sobrepeso e >30 kg/m2 obesidade,
exceto para idosos onde não há classificação de obesidade). Resultados: Entre os
avaliados 17 pacientes faziam uso da fórmula artesanal, 9 (52,9%) estavam eutróficos e
8 (47%) com baixo peso. Dos 34 pacientes que utilizavam dieta mista, 20 (58,8%)
apontaram baixo peso, 12 (35,2%) eutrofia e 2 (5,8%) sobrepeso. Dos 28 pacientes
faziam uso da fórmula enteral comercial, 15 (53,5%) estavam eutróficos, 8 (28,5%)
apresentaram baixo peso e 5 (17,8%) sobrepeso ou obesidade. Considerações finais:
Dos pacientes que faziam uso de dieta mista, a maioria apresentavam baixo
peso, seguida de eutrofia. No caso da dieta comercial o cenário foi inverso.
Sobre a utilização de dieta artesanal, os pacientes estavam eutróficos ou com baixo
peso, sendo o único cenário que não houve pacientes com sobrepeso ou obesidade.
O EN pode estar relacionado com dieta, porém ainda com a doença de base, seu estágio,
atrofias pela redução da funcionalidade entre outros aspectos. O IMC é um indicador
utilizado para indivíduos normais, avalia massa corpórea total, muitas vezes não
identifica as alterações corporais de indivíduos acamados. Portanto para promover
melhor desfechos clínicos e processo de cuidado, é essencial considerar outros
parâmetros de EN, assim como, na prescrição da nutrição enteral deve se optar por
aquela que atenda o usuário em sua plenitude, segundo princípios da Segurança
Alimentar e Nutricional, em quantidade, qualidade, segurança, diversidade, acesso aos
alimentos, de modo permanente, baseado no DHAA.
Palavras-chave
Nutrição enteral; Estado nutricional; Atenção domiciliar;