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PERFIL DO ADOECIMENTO E ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE: REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DA VIVÊNCIA DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: As condições de saúde das pessoas em situação de cárcere apresenta-se como algo preocupante e que merece atenção, sobretudo no que concerne à saúde da mulher, uma vez que estas apresentam necessidades fisiológicas diferentes do sexo masculino, onde pode-se mencionar o período menstrual, que há um disparo de hormônios que modificam inteiramente o modo de pensar, agir e se comunicar. A gestação, que é acarretada por mudanças fisiológicas, psicológicas, social e familiar, podendo ainda destacar o puerpério e a amamentação. Nestes períodos em especial, as mulheres em situação de cárcere necessitam de maior suporte psicossocial e de medidas que auxiliem no cuidado e atenção a sua saúde física e mental. OBJETIVOS: Descrever o tipo de adoecimento e o acesso aos serviços de saúde às mulheres em situação de cárcere. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que tem como questão norteadora: Qual o perfil do adoecimento e como se dá o acesso a serviços de saúde de mulheres em situação de cárcere? As bases de dados utilizadas para a construção do trabalho foram: Google Acadêmico e SciELO. Os descritores aplicados e conferidos no DeCS foram: Cárcere; Saúde da mulher; Serviços de saúde, a partir do operador booleano “AND”. A pesquisa teve como critérios de inclusão: artigos indexados nas bases de dados gratuitamente entre os anos de 2015 a 2020. E como critérios de exclusão: artigos não responderam à questão norteadora. RESULTADOS: Os artigos analisados mostram que as mulheres em situação de cárcere estão mais expostas a algumas vulnerabilidades no âmbito saúde, podendo destacar: dificuldade de acesso a cuidados de higiene apropriados, atenção ginecológica e obstétrica inadequada, déficit de assistência na precaução e diagnóstico precoce de câncer de mama e colo de útero, prestação de serviço inapropriado na prevenção, detecção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e negligência sobre as doenças e agravos mais comuns nessa população em geral, sobretudo, os agravos psicossociais. CONCLUSÕES: As mulheres em situação de cárcere são mais afetadas por certos agravos à saúde do que as mulheres em situação de liberdade, além disso, existe também as condições escassas de acesso aos cuidados de saúde e os agravos à saúde mental. Essa questão necessita ser abordada e reforçada no âmbito da saúde, visto que serão esses profissionais que acompanharão esse público, devendo prezar pela integralidade e sensibilidade no cuidado.
Palavras-chave
Cárcere; Saúde da mulher; Serviços de saúde;