Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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PERFIL DO ADOECIMENTO E ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE: REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DA VIVÊNCIA DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE
EMANUELLY KESLEY DE FREITAS LIMA, ANDRESSA JOYCE ALMEIDA BARBOSA, FRANCIARE VIEIRA SILVA, JÚLIA PEREIRA DE MOURA FERREIRA, MARCELA PORANGABA LOPES, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: As condições de saúde das pessoas em situação de cárcere apresenta-se como algo preocupante e que merece atenção, sobretudo no que concerne à saúde da mulher, uma vez que estas apresentam necessidades fisiológicas diferentes do sexo masculino, onde pode-se mencionar o período menstrual, que há um disparo de hormônios que modificam inteiramente o modo de pensar, agir e se comunicar. A gestação, que é acarretada por mudanças fisiológicas, psicológicas, social e familiar, podendo ainda destacar o puerpério e a amamentação. Nestes períodos em especial, as mulheres em situação de cárcere necessitam de maior suporte psicossocial e de medidas que auxiliem no cuidado e atenção a sua saúde física e mental. OBJETIVOS: Descrever o tipo de adoecimento e o acesso aos serviços de saúde às mulheres em situação de cárcere. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que tem como questão norteadora: Qual o perfil do adoecimento e como se dá o acesso a serviços de saúde de mulheres em situação de cárcere? As bases de dados utilizadas para a construção do trabalho foram: Google Acadêmico e SciELO. Os descritores aplicados e conferidos no DeCS foram: Cárcere; Saúde da mulher; Serviços de saúde, a partir do operador booleano “AND”. A pesquisa teve como critérios de inclusão: artigos indexados nas bases de dados gratuitamente entre os anos de 2015 a 2020. E como critérios de exclusão: artigos não responderam à questão norteadora. RESULTADOS: Os artigos analisados mostram que as mulheres em situação de cárcere estão mais expostas a algumas vulnerabilidades no âmbito saúde, podendo destacar: dificuldade de acesso a cuidados de higiene apropriados, atenção ginecológica e obstétrica inadequada, déficit de assistência na precaução e diagnóstico precoce de câncer de mama e colo de útero, prestação de serviço inapropriado na prevenção, detecção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e negligência sobre as doenças e agravos mais comuns nessa população em geral, sobretudo, os agravos psicossociais. CONCLUSÕES: As mulheres em situação de cárcere são mais afetadas por certos agravos à saúde do que as mulheres em situação de liberdade, além disso, existe também as condições escassas de acesso aos cuidados de saúde e os agravos à saúde mental. Essa questão necessita ser abordada e reforçada no âmbito da saúde, visto que serão esses profissionais que acompanharão esse público, devendo prezar pela integralidade e sensibilidade no cuidado.

Palavras-chave


Cárcere; Saúde da mulher; Serviços de saúde;