Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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APLICABILIDADE DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PARA O ENGAJAMENTO AO TRATAMENTO EM PACIENTES JOVENS VIVENDO COM HIV
LUCAS EMANUEL BERNARDES DE ALMEIDA, GISSELLY MARIA CAMPOS DA SILVA, LUCAS FRANCA GARCIA, TÂNIA MARIA GOMES DA SILVA, MARIA PAULA JACOBUCCI BOTELHO, GUSTAVO HENRIQUE FRANCISCATO GARCIA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


A utilização de ferramentas tecnológicas mediante aplicativos de smartphones, tem uma inovação de conscientização e adesão ao tratamento antirretroviral para os pacientes jovens que vivem com HIV/Aids, e que visam novas formas de prevenção e promoção de saúde. O HIV possui status de epidemia e tem atingido indivíduos de faixas etárias distintas. Entretanto, ressalta-se a tendência mundial de evolução da doença entre os mais jovens. Decorre-se de um modelo de masculinidade que permeia a cultura brasileira e que consiste em associar homens como detentores do poder sobre as coisas, até mesmo quando se trata da doença. Objetiva-se com este trabalho revisar a aplicabilidade de dispositivos móveis na precaução e tratamento de pacientes jovens vivendo com HIV/Aids. As bases de dados PubMed, SciELO e LILACS foram utilizadas para a revisão. Foram selecionados os estudos que avaliaram a relação entre pacientes jovens, HIV/Aids e dispositivos móveis, destes, 58 artigos foram encontrados, 28 foram excluídas por não preencherem os critérios de inclusão, ou seja, não relacionar tecnologia, jovens e HIV/Aids e 30 artigos contemplaram na íntegra os discernimentos de inclusão. Contudo, duas pesquisas não permitiram a investigação igualitária dos resultados por possuírem mais de uma população no grupo de intervenção. Relacionando à origem dos estudos, os Estados Unidos estão no topo com 20 estudos. Do total, 10 estudos abordaram de modo exclusivo a situação de jovens que fazem sexo com homens. O Brasil não apresentou nenhum tipo de dispositivo que ajudasse na prevenção do vírus, evidenciando assim o caminho a qual o país está percorrendo, visto que no país há um acréscimo de 23% no número de novos casos de infecção pelo vírus do HIV em oito anos. As mulheres tinham somente um estudo direcionado à elas. Em face desse cenário, torna-se notório que grande parte dos artigos corroboram a conscientização do jovem em geral, por meio da utilização dos aplicativos, SMS, fóruns ou blogs podendo se tornar um aliado das políticas públicas na prevenção de diversas doenças e não apenas o HIV. Em consequência disso, cabe sublinhar os benefícios obtidos a partir de mecanismos tecnológicos necessários para efetivar intervenções on-line como em tempo real vigilância do HIV, perfis de comportamento sexual aprimorados e otimização de intervenção. Entretanto, alguns aspectos, como preocupações de privacidade, dificuldade na aprendizagem para utilização dos aplicativos, além da presença de estigma podem comprometer a aplicação dos aplicativos. Ademais, os estudos salientaram adaptações dos aplicativos no futuro. Percebe-se também a indigência dos pesquisadores dos países sul-americanos, principalmente do Brasil, a atempar novas pesquisas com a finalidade de atingir jovens que necessitam de uma atenção maior referente à saúde sexual, e então mudar o quadro epidemiológico do HIV no país.

Palavras-chave


Saúde; Rede social; Epidemia;