Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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RETRATO PRETO E BRANCO DA MULHER NO ISOLAMENTO SOCIAL: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PERSISTE?
SARAID DA COSTA FIGUEIREDO, FERNANDA GONÇALVES DE SOUZA, ANA PAULA DE LIMA BEZERRA, AMANDA MENEZES OLIVEIRA, STÉPHANE BRUNA BARBOSA, ISADORA OLIVEIRA GONDIM

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A violência doméstica contra a mulher consiste em qualquer ação baseada em gênero que cause sofrimento físico, psicológico, qualquer dano e óbito. Apesar da existência de legislações para a proteção da mulher, esse tipo de hostilidade ocorre com frequência. A pandemia causada pelo coronavírus, impõe um isolamento social necessário para contenção do contágio do COVID-19 e consigo traz um arcabouço de problemáticas sociais e econômicas, dentre elas, o aumento da violência física e psicológica contra a mulher, na qual verificou-se o aumento no registro dos casos através de dados do Ministério da Saúde e de órgãos nacionais de Segurança Pública, em acompanhamento midiático ficou notório os diversos motivadores para o ocasionamento da violência. Diante deste cenário de pandemia e isolamento social estima-se uma maior vulnerabilidade da mulher em relação a violência. Nesse sentido, faz-se importante discutir a relação entre isolamento e o aumento da violência doméstica. Objetivos: Analisar estudos com diferentes perspectivas, busca-se responder à questão norteadora do estudo: qual o impacto da violência contra a mulher devido ao isolamento social imposto pela pandemia por COVID-19? Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura. Utilizou-se as bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF. Os critérios de inclusão foram: artigos completos que respondessem a pergunta norteadora, nas línguas portuguesa e inglesa, no período de janeiro a junho de 2020. Resultados: Foram selecionados quatro artigos que responderam os critérios de inclusão e exclusão, nos quais notou-se que a grande maioria dos estudos destacam o impacto do isolamento social devido à COVID-19 como fator de aumento para os casos de violência contra a mulher. Além disso, devido às restrições do funcionamento de estabelecimentos e orientações em relação a minimizar o contato com o próximo, muitas mulheres perderam a possibilidade de buscar auxílio e reportar as agressões psicológicas e físicas acometidas pelo parceiro ou membro do grupo familiar. O isolamento intensifica as emoções, sejam de dominação, poder, submissão, stress e outros, ocasionando o aumento da violência contra a mulher, apesar da existência de políticas públicas voltadas para redução da violência e maior segurança da mulher, ocorre o medo devido a proximidade com o agressor principalmente durante o isolamento, para isto, intensificou-se a construção de medidas que facilitem a denúncia, como aplicativos que possibilitam denúncia e o transporte à delegacia da mulher em segurança, suporte jurídico e psicológico de maneira virtual e imediata, ampliação do disque 100 e 180. Considerações Finais: Entende-se que é necessário maiores iniciativas como campanhas, rapidez no processamento judicial de casos de violência e um apoio adequado às vítimas. O atual quadro ainda não é multicor, a mulher persiste sendo vítima retratando um cenário monocromático.

Palavras-chave


Violência contra a Mulher; Isolamento Social; COVID-19