Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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A PRÁTICA DE ALEITAMENTO MATERNO EM TEMPOS DE COVID-19
MARIA JOYCE TAVARES ALVES, GABRIELLE MANGUEIRA LACERDA, CÍCERA RENATA DINIZ VIEIRA SILVA, MAISA GALDINO PEREIRA, LUANA RÉGIA FERREIRA VIEIRA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A infecção humana causada pelo SARS-CoV-2 é algo sem precedentes, as repercussões da contaminação são variadas, nos casos mais graves o indivíduo pode ir a óbito em um curto espaço de tempo. Uma doença com um nível tão elevado de contaminação é uma ameaça à saúde pública, o que justifica um comportamento de medo e preocupação da população em geral sobre como lidar com a saúde frente a um inimigo desconhecido. Por ser algo novo, em estudo, existe uma carência por informações em muitos grupos, entre eles, as mães lactantes que foram infectadas pelo vírus, em que a principal preocupação é não contaminar o bebê durante o aleitamento materno. Objetivo: Conhecer as determinações que envolvem a prática do aleitamento materno adequado em meio à pandemia causada pelo Coronavírus. Método: Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, em que foram utilizados dados divulgados na literatura e em boletins de saúde sobre as notificações e protocolos permeados por pesquisas recentes. Resultados: Em relação às últimas pesquisas realizadas sobre a transmissão do Coronavírus por meio do leite materno até o momento, foi verificado que não existe detecção viral. No entanto, evidencia-se a alta possibilidade de contágio por meio das gotículas respiratórias da mãe para o bebê durante a prática de amamentação, de modo que, mesmo não sendo contraindicado deve haver o seguimento de medidas de segurança e cuidados durante o aleitamento materno para evitar a disseminação do vírus para o bebê. O próprio Centro de Controle e Prevenção de Doenças explica que ao lavar as mãos e utilizar máscara sempre que precisar tocar no bebê ou amamentá-lo já reduz significativamente o risco de contaminação. Alguns protocolos e notas técnicas deixam claros os cuidados que devem ser seguidos para que a amamentação ocorra em todas as situações desde o nascimento do bebê, considerando que a mãe deseje amamentar e esteja em condições clínicas adequadas, isso também inclui os casos que indiquem extração do leite por meio de bombas, enfatizando a necessidade em obedecer às recomendações da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Conclusões: Observa-se que até o momento, a lactante estar infectada pelo Coronavírus não contraindica a prática de aleitamento materno desde que sejam seguidos os devidos cuidados. A literatura retrata que além das mulheres que buscam informações científicas, a maioria das que sabem como lidar frente a isso são as puérperas, pois são aconselhadas ainda nas maternidades. Já as lactantes que estão há mais tempo em casa, sem maiores acessos a tecnologias e informações tem muita dificuldade em sanar suas preocupações, o que demonstra que o sistema de saúde ainda está adaptando-se as peculiaridades da pandemia, e que tais situações devem ser exploradas em estudos, para que sejam consideradas nas estratégias de enfrentamento das repercussões decorrentes do surto causado pelo SARS-CoV-2.

Palavras-chave


Aleitamento materno; Infecções por Coronavírus; Acesso à informação