Tamanho da fonte:
JUSTIÇA SOCIAL FRENTE AOS DESAFIOS DE UMA COMUNIDADE NEGLIGENCIADA
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: O Projeto de Extensão “Estação Ético-Política” da Universidade do Vale do Itajaí - campus Itajaí, tem por finalidade a formação ético-política de acadêmicos, com base na produção humanística de consciência histórica. Está organizado em subgrupos de estudantes com atuação em comunidades específicas.
Objetivo: Socializar a percepção de discentes do curso de Medicina sobre a aplicabilidade do princípio da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma prática social vivenciada com uma equipe Estratégia Saúde da Família (ESF) e comunidade haitiana.
Metodologia: O método utilizado foi o ético-político de Antonio Gramsci, com o intuito de reconhecer a realidade, a abordagem histórica e o questionamento e reflexão sobre as tendências contraditórias. Aplicado por meio de seis encontros com uma comunidade de haitianos residentes no bairro abrangido pela ESF Votorantim em Itajaí/SC. A ação foi oportunizada por um roteiro semiestruturado, realizado em espanhol com o objetivo de conhecer aspectos da realidade das mulheres, de seus conhecimentos sobre o SUS e da convivência interétnica. Ademais, ao considerar equidade um princípio que focaliza os desiguais de uma dada comunidade e a imigração um fenômeno das diferenças, foi entregue um material aplicado em saúde. Trata-se de uma produção desenvolvida pela Universidade Estadual de Maringá e voltada aos profissionais cujas perguntas foram traduzidas para a língua nativa crioulo.
Resultados: Os resultados envolvem a importância de se conhecer a perspectiva do imigrante que sofre o choque cultural, impossibilitado de participar dos jogos sociais de consumo e poder e de tornar-se sujeito social incluído. Além disso, a busca por uma vida com dignidade e de ser compreendido, como por exemplo em consulta médica, em razão da língua, somado à desinformação sobre o direito à saúde e utilização do SUS. As maiores vítimas desta problemática imigratória são as mulheres, que pela cultura haitiana patriarcal não recebem educação e, consequentemente, não se inserem no mercado de trabalho, potencializando a dificuldade de comunicação e a dependência da figura masculina. A ação reafirmou que integrantes de equipes de ESF devem oferecer suporte por meio de ferramentas que auxiliem na comunicação, em caso de grupos sociais excluídos.
Considerações finais: A experiência permitiu, por meio do acompanhamento de um grupo de imigrantes, a compreensão da realidade e das desigualdades sociais por eles vivenciadas. A participação no projeto proporcionou uma reflexão a partir das problemáticas, para introduzir um movimento ético-político capaz de transformar a realidade vigente. Essa integração entre teoria e prática é indispensável para a formação de profissionais mais críticos, reflexivos e humanos, e mais comprometidos com a consolidação do SUS. Portanto, capazes de intervir em comunidades negligenciadas e em defesa de pessoas socialmente oprimidas.
Objetivo: Socializar a percepção de discentes do curso de Medicina sobre a aplicabilidade do princípio da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma prática social vivenciada com uma equipe Estratégia Saúde da Família (ESF) e comunidade haitiana.
Metodologia: O método utilizado foi o ético-político de Antonio Gramsci, com o intuito de reconhecer a realidade, a abordagem histórica e o questionamento e reflexão sobre as tendências contraditórias. Aplicado por meio de seis encontros com uma comunidade de haitianos residentes no bairro abrangido pela ESF Votorantim em Itajaí/SC. A ação foi oportunizada por um roteiro semiestruturado, realizado em espanhol com o objetivo de conhecer aspectos da realidade das mulheres, de seus conhecimentos sobre o SUS e da convivência interétnica. Ademais, ao considerar equidade um princípio que focaliza os desiguais de uma dada comunidade e a imigração um fenômeno das diferenças, foi entregue um material aplicado em saúde. Trata-se de uma produção desenvolvida pela Universidade Estadual de Maringá e voltada aos profissionais cujas perguntas foram traduzidas para a língua nativa crioulo.
Resultados: Os resultados envolvem a importância de se conhecer a perspectiva do imigrante que sofre o choque cultural, impossibilitado de participar dos jogos sociais de consumo e poder e de tornar-se sujeito social incluído. Além disso, a busca por uma vida com dignidade e de ser compreendido, como por exemplo em consulta médica, em razão da língua, somado à desinformação sobre o direito à saúde e utilização do SUS. As maiores vítimas desta problemática imigratória são as mulheres, que pela cultura haitiana patriarcal não recebem educação e, consequentemente, não se inserem no mercado de trabalho, potencializando a dificuldade de comunicação e a dependência da figura masculina. A ação reafirmou que integrantes de equipes de ESF devem oferecer suporte por meio de ferramentas que auxiliem na comunicação, em caso de grupos sociais excluídos.
Considerações finais: A experiência permitiu, por meio do acompanhamento de um grupo de imigrantes, a compreensão da realidade e das desigualdades sociais por eles vivenciadas. A participação no projeto proporcionou uma reflexão a partir das problemáticas, para introduzir um movimento ético-político capaz de transformar a realidade vigente. Essa integração entre teoria e prática é indispensável para a formação de profissionais mais críticos, reflexivos e humanos, e mais comprometidos com a consolidação do SUS. Portanto, capazes de intervir em comunidades negligenciadas e em defesa de pessoas socialmente oprimidas.
Palavras-chave
Envolvimento comunitário; Saúde; Percepção social;