Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
ALLANA RENALLY CAVALCANTE SANTOS DE MORAES, EDENILSON CAVALCANTE SANTOS, FERNANDA DA CONCEIÇÃO LIMA SANTOS, ISABEL ALVES TARGINO, MONNIK EMYLE LIMA SANTOS, SABRINA MARIA DE SOUSA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A Esclerose Múltipla é uma doença crônica degenerativa, sendo uma das patologias desmielinizantes do sistema nervoso central mais conhecida. Seus sintomas são específicos e variáveis para cada paciente o que possibilita a incapacidade de quantificação destes. Esta patologia, por sua vez, ocasiona consequências irreversíveis na expectativa e qualidade de vida dos portadores. Objetivo: Abordar os aspectos que interferem na qualidade de vida dos pacientes portadores de esclerose múltipla. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em junho de 2020, nas bases de dados LILACS, MEDLINE E BDENF a partir da Biblioteca Virtual de Saúde. Para a busca utilizou-se os seguintes descritores: “Esclerose Múltipla”, “Qualidade de Vida” e “Pacientes”, empregando o operador booleano “AND”. A busca inicial resultou em 190 estudos. Os critérios utilizados para inclusão foram: estudos completos disponíveis, redigidos em língua portuguesa e publicados no período de 2010 a 2019. Foram excluídos os que não condiziam com a temática, repetidos e em outros idiomas. Após um refinamento, obteve-se 11 artigos que contemplavam o objetivo. Resultados: A sua etiologia e fisiopatologia ainda é uma incógnita, porém estudos afirmam que há uma interação entre fatores genéticos, infecciosos, imunológicos e ambientais. As complicações físicas sofridas pelo portador são o desequilíbrio corporal e incontinência urinária que ocasionam perda de confiança física, alterações do convívio social, profissional, sexual e familiar. No entanto, maior parte dos familiares desconhecem a patologia e tem dificuldade em aceitar esse diagnóstico prejudicando assim o tratamento e alterando a dinâmica familiar. Além desses, considera-se também os aspectos psicológicos que são decorrentes do agravamento progressivo da patologia como alterações de humor, ansiedade, estresse e os de ordem psicopatológicas, principalmente a depressão que afeta diretamente a memória no trabalho e velocidade no processamento das informações. A prevalência desses transtornos depressivos impacta negativamente no tratamento e na evolução da patologia assim como, eleva o risco de suicídio nesta população. Considerações finais: A alteração na qualidade de vida desses pacientes é significativa devido a imprevisibilidade e intrusividade da esclerose múltipla. O portador tem uma diminuição de seu desempenho na sociedade, acarretando gradativamente o seu isolamento social. A família, alicerce fundamental, deve apoiar e dispor de uma postura afirmativa, diante do enfrentamento dessa patologia. Ademais, os atendimentos psicológicos, notadamente a terapia cognitivo comportamental, são relevantes no intuito de amenizar o sofrimento psíquico, risco de suicídio e, consequentemente melhorar a qualidade de vida destes.

Palavras-chave


Esclerose Múltipla; Qualidade de Vida; Relações Familiares;