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QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A Esclerose Múltipla é uma doença crônica degenerativa, sendo uma das patologias desmielinizantes do sistema nervoso central mais conhecida. Seus sintomas são específicos e variáveis para cada paciente o que possibilita a incapacidade de quantificação destes. Esta patologia, por sua vez, ocasiona consequências irreversíveis na expectativa e qualidade de vida dos portadores. Objetivo: Abordar os aspectos que interferem na qualidade de vida dos pacientes portadores de esclerose múltipla. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em junho de 2020, nas bases de dados LILACS, MEDLINE E BDENF a partir da Biblioteca Virtual de Saúde. Para a busca utilizou-se os seguintes descritores: “Esclerose Múltipla”, “Qualidade de Vida” e “Pacientes”, empregando o operador booleano “AND”. A busca inicial resultou em 190 estudos. Os critérios utilizados para inclusão foram: estudos completos disponíveis, redigidos em língua portuguesa e publicados no período de 2010 a 2019. Foram excluídos os que não condiziam com a temática, repetidos e em outros idiomas. Após um refinamento, obteve-se 11 artigos que contemplavam o objetivo. Resultados: A sua etiologia e fisiopatologia ainda é uma incógnita, porém estudos afirmam que há uma interação entre fatores genéticos, infecciosos, imunológicos e ambientais. As complicações físicas sofridas pelo portador são o desequilíbrio corporal e incontinência urinária que ocasionam perda de confiança física, alterações do convívio social, profissional, sexual e familiar. No entanto, maior parte dos familiares desconhecem a patologia e tem dificuldade em aceitar esse diagnóstico prejudicando assim o tratamento e alterando a dinâmica familiar. Além desses, considera-se também os aspectos psicológicos que são decorrentes do agravamento progressivo da patologia como alterações de humor, ansiedade, estresse e os de ordem psicopatológicas, principalmente a depressão que afeta diretamente a memória no trabalho e velocidade no processamento das informações. A prevalência desses transtornos depressivos impacta negativamente no tratamento e na evolução da patologia assim como, eleva o risco de suicídio nesta população. Considerações finais: A alteração na qualidade de vida desses pacientes é significativa devido a imprevisibilidade e intrusividade da esclerose múltipla. O portador tem uma diminuição de seu desempenho na sociedade, acarretando gradativamente o seu isolamento social. A família, alicerce fundamental, deve apoiar e dispor de uma postura afirmativa, diante do enfrentamento dessa patologia. Ademais, os atendimentos psicológicos, notadamente a terapia cognitivo comportamental, são relevantes no intuito de amenizar o sofrimento psíquico, risco de suicídio e, consequentemente melhorar a qualidade de vida destes.
Palavras-chave
Esclerose Múltipla; Qualidade de Vida; Relações Familiares;