Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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ADESÃO ÀS BOAS PRÁTICAS PARA O PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SUPERMERCADOS NO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA – PR
FERNANDA SIQUEIRA DE COUTO, AMANDA HAISI, CAROLINE CONSTANTINO, ROSSANA CALEGARI DOS SANTOS, MARCIA OLIVEIRA LOPES

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A higienização adequada das mãos é considerada fator primordial na oferta de alimentos seguros ao consumo. Assim, as condições que viabilizam a adoção dessa higiene são fundamentais durante a manipulação de alimentos. Objetivo: Avaliar a adoção de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para a correta higienização das mãos dos manipuladores após avaliação situacional, treinamentos e reunião com a gerência dos supermercados. Material e Métodos: Dezoito supermercados do município de Piraquara/PR foram avaliados com base na RDC ANVISA nº 216/04 durante 2017 e 2018. Foi verificada a presença de pia exclusiva para higienização das mãos contendo sabonete líquido, papel toalha e lixeira com tampa de acionamento por pedal e a presença de cartazes com orientação para a correta higienização das mãos em seis setores (açougue, salsicharia/fiambreria, cozinha, padaria/rotisseria e sanitários/vestiários dos manipuladores). A primeira lista de verificação foi aplicada para avaliar a situação dos supermercados, após treinamentos e reunião sobre BPF com os gerentes dos estabelecimentos a mesma lista foi reaplicada com caráter comparativo. No período do estudo houve mudanças nos locais alterando o número de alguns setores. Os dados foram tabulados e analisados no Software Excel 2016. Resultados: Ao avaliar as condições adequadas para a higienização das mãos, observou-se aumento de 11,11% (n = 18) para 29,41% (n = 18) no açougue, de 60% (n = 5) para 100% (n=2) na salsicharia/fiambreria, de 100% (n = 2) para 100% (n = 1) na cozinha, de 11,11% (n = 18) para 5,88% (n = 17) na padaria/rotisseria e de 16,67 (n=18) para 20% (n =15) nos sanitários/vestiários. A adequação na sinalização com cartazes sobre a higienização das mãos permaneceu em 11,11% (n = 18) no açougue, de 40% (n = 5) para 50% (n = 2) na salsicharia/fiambreria, de 50% (n = 2) para 0% (n = 1) na cozinha, de 16,67% (n = 18) para 17,64% (n = 17) na padaria/rotisseria e de 0% (n=18) para 6,66% (n=15) nos sanitários/vestiários. Nas áreas de manipulação houve aumento em higiene das mãos e cartazes informativos de 5,88% (n = 18) para 11,11% (n = 18) no açougue (desossa e corte); na salsicharia/fiambreria (fracionamento e embalagem) obteve-se aumento de 60% (n = 5) para 100% (n = 2) e de 40% (n = 5) para 50% (n = 2) nos itens de higiene e cartazes informativos, respectivamente. Por fim, na padaria/rotisseria houve aumento de 16,67% (n=18) para 17,64% (n = 17) na adequação de higienização de mãos e presença de cartazes informativos. Considerações Finais: Os setores analisados, exceto a padaria/rotisseria, apresentaram melhoras nas adequações em oferecer pia exclusiva para higienização das mãos com produtos adequados, demonstrando que as ações educativas e reuniões com a gerência dos supermercados sobre BPF possam ter contribuído nessa evolução. A continuidade do processo educativo de forma permanente se faz necessário à melhoria contínua nas condições de boas práticas higiênicas.

Palavras-chave


Boas Práticas de Fabricação; Treinamento; Higiene alimentar;