Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AS BARREIRAS SANITÁRIAS COMO OPORTUNIDADE DE ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESVENDANDO VIVÊNCIAS NA FRONTEIRA
SAMIA HUSSEIN BARAKAT, BRENDA DA SILVA ALESSI, LARISSA NICOLAU LOPES

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: Diante do novo contexto de saúde global, em que diferentes estratégias são incorporadas às funções essenciais de saúde pública para o enfrentamento da COVID-19, a vigilância sanitária permite realizar ações educativas em saúde, a fim de recomendar medidas de controle nos avanços da pandemia, com ênfase nas peculiaridades territoriais de Foz do Iguaçu situado em tríplice fronteira, onde o trânsito populacional é frequente, vistas a isso, tornou-se necessário a implantação de barreiras sanitárias, na qual contemplou-se as Centrais de Abastecimentos do Paraná (CEASA) devido a concentração econômica comercial de produtos hortifrutigranjeiros. Local este, composto predominantemente por trabalhadores homens, que exercem atividades desgastantes com exaustão física e emocional, sendo nítido a vulnerabilidade deste público, agravada com a falsa percepção cultural e de gênero sobre saúde. Objetivos: Descrever as experiências de extensionistas no desenvolvimento de ações de saúde em barreiras sanitárias. Material e Métodos: Estudo descritivo pautado nas percepções de extensionistas da Unioeste no combate a pandemia da COVID-19, realizada nos meses iniciais de 2020 com cerca de 100 pessoas, na qual a maioria eram homens e proprietários das empresas instaladas no CEASA, sendo um dos 17 pontos de implantação de barreiras sanitárias em Foz do Iguaçu. A fim de subsidiar uma discussão crítica, procedeu-se uma revisão de literatura a respeito do tema para efetividade desta tecnologia nos incentivos a educação em saúde e vigilância epidêmica, além de propiciar condições de atenção à saúde do homem. Resultados: Perante isso, as atividades de mitigação, tinham como cerne o monitoramento de ingresso e trânsito dos trabalhadores e clientes a partir de um questionário epidemiológico e sintomatológico com verificação de temperatura, além de fiscalizar a responsabilidade sanitária via termo e aplicativo, principalmente os caminhoneiros devido ao constante trânsito no território nacional e estrangeiro. Cabe ressaltar a articulação da educação em saúde, de modo a conscientizar e orientar acerca da pandemia, desmistificando notícias falsas, além de destacar as precauções e possível detecção precoce, bem como os grupos de risco e principais comorbidades, estimulando o autocuidado através do conhecimento sobre a pressão arterial e controle glicêmico. Salienta-se que os funcionários em sua maioria, exercem atividades braçais, o que denota uma aparência saudável, porém muitos deles são frequentemente acometidos por doenças crônicas que na maioria das vezes estão sem acompanhamento médico. Considerações Finais: Contudo, revelou-se outra dimensão, na qual as ações cuidativo-educacionais atreladas a vigilância sanitária demonstraram êxito na promoção de diálogos coletivos intermediada pela participação ativa, principalmente ao oportunizar mecanismos referentes à saúde do homem.

Palavras-chave


Infecções por Coronavírus; Vigilância Sanitária; Saúde do Homem;