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APLICABILIDADE DO GUIA (2014) NAS AVALIAÇÕES DE CONSUMO REALIZADAS POR NUTRICIONISTAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A necessidade de priorizar políticas públicas de promoção da alimentação saudável e desenvolver diretrizes alimentares oficiais, tem levado muitos países à desenvolverem guias alimentares com o objetivo de fornecer orientações e princípios relacionados à nutrição, além de informações sobre padrões de produção e consumo de alimentos. Contendo as primeiras orientações em nutrição nacionais, o Guia Alimentar para a população Brasileira (Guia) foi publicado em sua primeira versão no ano de 2006 e atualizado no ano de 2014. Além de servir como um material de apoio às atividades de educação alimentar e nutricional, alguns estudos mostram o Guia sendo utilizado como complemento e subsídio para avaliação do consumo alimentar de indivíduos e coletividades, já que esta é uma etapa que antecede o planejamento e a orientação nutricional. A Atenção Primária à Saúde, como principal porta de entrada e centro articulador do acesso dos usuários ao SUS, disponibiliza um espaço privilegiado para práticas de educação alimentar e nutricional e disseminação do guia, podendo contribuir para a qualificação e garantia da integralidade da atenção à saúde.
Objetivo: O objetivo do estudo foi compreender a Aplicabilidade do Guia Alimentar para a população brasileira (2014) nas avaliações de consumo realizadas por Nutricionistas da Atenção Primária.
Material e Métodos: Foram realizados dois grupos focais, com 4 e 3 nutricionistas atuantes na Atenção Primária em municípios da Região Metropolitana de Curitiba, totalizando 56 minutos de diálogo. As informações foram analisadas e classificadas conforme a análise temática proposta por Bardin (2016).
Resultados: A análise temática resultou em três temas principais: Utilização de partes do Guia nas avaliações de consumo; Percepção divergente sobre a utilização do guia alimentar: mais foco na orientação do que na avaliação; e Visão das Nutricionistas em relação ao Guia. Os capítulos “Escolha dos alimentos” e “O ato de comer e a comensalidade” se destacam quando utilizados nas avaliações de consumo individuais e coletivas, com a ressalva de que algumas participantes não realizam ou realizam esporadicamente a avaliação de consumo de coletividades. Além do mais, a relação do Guia com avaliação do consumo parece não estar totalmente clara, uma vez que muitas falas focaram nas atividades de orientações em nutrição ao invés da avaliação do consumo. Foram citadas facilidades em utilizar o Guia como ferramenta de trabalho ilustrada. Em contrapartida, a carência da acessibilidade e divulgação do Guia foram referidas como fragilidades.
Conclusões: Sugere-se investir em pesquisas para a resolutividade da vinculação do Guia com as atividades em nutrição na Atenção Básica, desde a avaliação, diagnóstico, planejamento de ações, além de desenvolver a divulgação dos materiais auxiliares já publicados para com os profissionais da saúde e população.
Objetivo: O objetivo do estudo foi compreender a Aplicabilidade do Guia Alimentar para a população brasileira (2014) nas avaliações de consumo realizadas por Nutricionistas da Atenção Primária.
Material e Métodos: Foram realizados dois grupos focais, com 4 e 3 nutricionistas atuantes na Atenção Primária em municípios da Região Metropolitana de Curitiba, totalizando 56 minutos de diálogo. As informações foram analisadas e classificadas conforme a análise temática proposta por Bardin (2016).
Resultados: A análise temática resultou em três temas principais: Utilização de partes do Guia nas avaliações de consumo; Percepção divergente sobre a utilização do guia alimentar: mais foco na orientação do que na avaliação; e Visão das Nutricionistas em relação ao Guia. Os capítulos “Escolha dos alimentos” e “O ato de comer e a comensalidade” se destacam quando utilizados nas avaliações de consumo individuais e coletivas, com a ressalva de que algumas participantes não realizam ou realizam esporadicamente a avaliação de consumo de coletividades. Além do mais, a relação do Guia com avaliação do consumo parece não estar totalmente clara, uma vez que muitas falas focaram nas atividades de orientações em nutrição ao invés da avaliação do consumo. Foram citadas facilidades em utilizar o Guia como ferramenta de trabalho ilustrada. Em contrapartida, a carência da acessibilidade e divulgação do Guia foram referidas como fragilidades.
Conclusões: Sugere-se investir em pesquisas para a resolutividade da vinculação do Guia com as atividades em nutrição na Atenção Básica, desde a avaliação, diagnóstico, planejamento de ações, além de desenvolver a divulgação dos materiais auxiliares já publicados para com os profissionais da saúde e população.
Palavras-chave
Guias Alimentares; Consumo de Alimentos; Atenção Primária à Saúde;