Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AGRUPAMENTOS DE COMPORTAMENTOS RELACIONADOS AO BALANÇO DE ENERGIA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ENTRE ADOLESCENTES
SARINA GIONGO ANTONIASSI, DOROTEIA APARECIDA HÖFELMANN, CHRISTIANE OPUSZKA MACHADO

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: comportamentos adquiridos na adolescência podem ter influência na saúde do indivíduo ao longo da vida (VINER et al, 2012), inclusive relacionados aos hábitos alimentares (MADRUGA et al, 2012). Os comportamentos relacionados ao balanço energético devem ser analisados em conjunto, pois costumam agrupar-se em direções mais, ou menos saudáveis. É preciso entender o contexto em que ocorrem, qualitativa e quantitativamente a fim de auxiliar na formulação de políticas públicas e diretrizes (BARNETT et al, 2018). A análise destes comportamentos pode ajudar a identificar grupos de indivíduos que apresentam maior risco de desenvolvimentos de doenças relacionadas ao excesso de peso.
OBJETIVO: avaliar o agrupamento de comportamentos relacionados ao balanço energético em adolescentes matriculados na rede de ensino público estadual em Curitiba e investigar associação com Índice de Massa Corporal.
MÉTODOS: pesquisa de caráter transversal, analítico, envolvendo alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de instituições públicas de ensino estadual de Curitiba, Paraná, Brasil. Foram utilizados os dados do projeto “Excesso de peso e características do ambiente escolar em estudantes de Curitiba, Paraná”. O tamanho amostral foi de 1.433 estudantes, distribuídos em 30 escolas. Foram aferidos dados antropométricos e aplicado questionário autopreenchível aos adolescentes. Para identificar combinações de comportamentos relacionados ao balanço de energia foi realizada análise multivariada de cluster, por sexo, utilizando as variáveis: tempo de uso de televisão; vídeo game; outros dispositivos portáteis (computador, smartphone e tablet), e frequência de consumo semanal de alimentos (frutas, verduras/legumes, refrigerantes e doces), com combinação de clusters hierárquicos e não hierárquicos e padronização de escalas em Escore Z. Foi realizada regressão linear para análise ajustada com inclusão simultânea das variáveis. Foram excluídos do estudo os adolescentes com dados faltantes e/ou os considerados outliers multivariados.
RESULTADOS: 1.088 foi o total de adolescentes participantes do estudo (49,1% sexo feminino), com idade média de 14,2 anos. Os adolescentes foram divididos em 4 clusters para cada sexo, que foram nomeados segundo característica principal: maior uso de telas; maior consumo de alimentos açucarados (refrigerantes e doces); maior consumo de frutas e verduras/legumes e menor uso de telas e consumo alimentar. Para ambos os sexos, o último grupo mostrou-se positivamente associado ao escore Z do IMC.
CONCLUSÃO: dos adolescentes, os com comportamento de menor uso de telas e consumo alimentar tiveram relação positiva estatisticamente significativa com o Escore Z do IMC. Pesquisas longitudinais neste tema são interessantes, sobretudo envolvendo tecnologia, que está em constante evolução.

Palavras-chave


PALAVRAS-CHAVE: Adolescente; índice de massa corporal; comportamento sedentário;