Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AVALIAÇÃO DA MANIPULAÇÃO E ENVASE DE FORMULAÇÕES ENTERAIS EM DOMICÍLIO
ANA CLAUDIA PEREIRA WOGNSKI, CAROLINE DE OLIVEIRA GALINDO, RAYANE LUIZI DA COSTA, CAROLINE OPOLSKI MEDEIROS, MÁRCIA REGINA BEUX, LIZE STANGARLIN-FIORI

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: Durante a manipulação e envase das formulações enterais, se não forem adotadas medidas adequadas de higiene, pode ocorrer à contaminação cruzada e disseminar fontes potenciais de contaminação oriundos de alimentos crus, pessoas e animais. Isso pode aumentar o nível de contaminação bacteriana desses alimentos e prejudicar a saúde dos pacientes. Conhecer os critérios de higiene empregados na manipulação e envase de formulações enterais é fundamental para diminuir as inadequações e o risco de contaminação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a manipulação e envase das formulações enterais em domicílios. Material e métodos: Estudo de cunho transversal, com abordagem quantitativa, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná e da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Paraná, sob o número 49265615.1.0000.0102 / 2016. O estudo foi realizado em 143 domicílios de pacientes que utilizavam formulações enterais. Estes pacientes eram atendidos pelo Programa de Assistência Nutricional para Pessoas com Necessidades Alimentares Especiais, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Paraná. Para avaliar os critérios de higiene durante a manipulação e envase das formulações enterais foi elaborada uma lista de verificação com base na legislação nacional de Terapia de Nutrição Enteral e critérios internacionais da Organização Mundial da Saúde. A lista foi composta por seis itens, referentes as medidas para evitar a contaminação cruzada; higienização dos alimentos; descongelamento dos alimentos; tratamento térmico e tempo dos alimentos a temperatura ambiente. Os itens da lista foram avaliados em Não se aplica; Adequado e Inadequado. Posteriormente, os itens foram classificados como: Excelente (91 a 100%); Bom (70 a 90%); Regular (50 a 69%); Ruim, (20 a 49%) e Muito Ruim (0 a 19%). Resultados: As práticas de higiene adotadas durante a manipulação e envase apresentaram, no geral, 58,89% de adequação, sendo classificadas como Regular. Os itens com maior percentual de adequação foram o tempo em que os alimentos permaneciam a temperatura ambiente (72,41%), classificado como Bom; e as medidas para evitar a contaminação cruzada (66,34%), classificadas como Regular. Em contrapartida, o menor percentual de adequação foi evidenciado nos itens descongelamento dos alimentos (38,71%), classificado como Ruim, e regularização e uso adequado de produtos utilizados na higienização dos alimentos (12,20%), classificado como Muito Ruim. Conclusão: Conclui-se a necessidade de melhoria dos critérios de higiene adotados durante a manipulação e envase das formulações enterais, principalmente em relação aos itens descongelamento dos alimentos e regularização e uso adequado de produtos utilizados na higienização dos alimentos, no qual se apresentaram menos adequados e são essenciais para minimizar os riscos de contaminação.

Palavras-chave


Manipulação de alimentos; Nutrição Enteral; Segurança alimentar;