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MODELO E PREDIÇÃO DA EVOLUÇÃO DE INFECÇÕES PELO VÍRUS DA DENGUE NA REGIÃO NORTE DE SC: CASO DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE.
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito do gênero Aedes, sendo o principal vetor do vírus causador da patologia, presente em grandes centros urbanos sob a forma de epidemias. O atual cenário do norte de Santa Catarina evidencia chances de agravamento. Ações voltadas à vigilância em saúde podem auxiliar na prevenção e controle da expansão da doença. O entendimento do modelo de transmissão e projeções do seu avanço são essenciais para a contenção da dengue e devem ser utilizadas para definir as ações de vigilância.
Objetivo
Investigar o modelo de difusão de infecções pelo vírus da dengue na região norte de SC, compreendendo seus aspectos e fatores para simular predição, por análise de progressão exponencial, estimando o número de possíveis ocorrências nos próximos períodos epidêmicos.
Material e Método
Abordagem exploratória da temática, caracterizada como pesquisa quali-qualitativa, por meio da investigação e interpretação de dados disponibilizados, de forma descritiva, para compor um modelo da dinâmica de evolução da doença. Posteriormente, estabelecimento de predição de casos a partir da análise de progressão exponencial com utilização de planilha eletrônica Excel®.
Resultados
O norte Catarinense apresentou uma ascensão gradativa no número de focos identificados, quando comparados ao ano de 2019, que foi um total de 1911. A partir da análise de dados disponibilizados, pela Secretaria Municipal de Saúde, até o dia 9/6/2020 foram registrados 4.849 casos de infectados pela dengue no município de Joinville, o maior surto da doença já registrado. A atual taxa de incidência é de 854 casos por 100mil/hab., quase 3 vezes o preconizado pela OMS como transmissão epidêmica. Ao analisar o perfil dos infectados, observa-se que 48% são do sexo feminino e 52% masculino. As faixas etárias mais infectadas são 30-39>20-29>40-49>50-59>10-19>60-69>1-9>70-79 anos. Os primeiros casos foram registrados em jan./2020, com forte aumento ao longo de 6 meses, em comportamento de verticalidade exponencial da curva epidêmica, principalmente em localidades limítrofes a corpos hídricos. Ao simular o mesmo cenário e aplicar uma análise de progressão exponencial, sem considerar fatores de clima de entrada de inverno e outros que afetam o modelo epidemiológico de evolução da doença, podemos inferir que haverá uma aceleração de novos infectados. A estimativa de possíveis novos casos pode chegar a 5, 7 e 9 mil nos próximos 30, 60 e 90 dias, respectivamente.
Conclusão
A região exibe um crescimento exponencial da evolução de infecções pelo vírus da Dengue. Constatou-se frequente aumento no número de casos de dengue no norte de SC, sendo válida a atenção e alerta, tendo em vista que o alto perfil infeccioso da doença é responsável pela forte extensão e crescimento de ocorrências. A predição de casos no município para os próximos 30, 60 e 90 dias poderão chegar a 5, 7 e 9 mil respectivamente.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito do gênero Aedes, sendo o principal vetor do vírus causador da patologia, presente em grandes centros urbanos sob a forma de epidemias. O atual cenário do norte de Santa Catarina evidencia chances de agravamento. Ações voltadas à vigilância em saúde podem auxiliar na prevenção e controle da expansão da doença. O entendimento do modelo de transmissão e projeções do seu avanço são essenciais para a contenção da dengue e devem ser utilizadas para definir as ações de vigilância.
Objetivo
Investigar o modelo de difusão de infecções pelo vírus da dengue na região norte de SC, compreendendo seus aspectos e fatores para simular predição, por análise de progressão exponencial, estimando o número de possíveis ocorrências nos próximos períodos epidêmicos.
Material e Método
Abordagem exploratória da temática, caracterizada como pesquisa quali-qualitativa, por meio da investigação e interpretação de dados disponibilizados, de forma descritiva, para compor um modelo da dinâmica de evolução da doença. Posteriormente, estabelecimento de predição de casos a partir da análise de progressão exponencial com utilização de planilha eletrônica Excel®.
Resultados
O norte Catarinense apresentou uma ascensão gradativa no número de focos identificados, quando comparados ao ano de 2019, que foi um total de 1911. A partir da análise de dados disponibilizados, pela Secretaria Municipal de Saúde, até o dia 9/6/2020 foram registrados 4.849 casos de infectados pela dengue no município de Joinville, o maior surto da doença já registrado. A atual taxa de incidência é de 854 casos por 100mil/hab., quase 3 vezes o preconizado pela OMS como transmissão epidêmica. Ao analisar o perfil dos infectados, observa-se que 48% são do sexo feminino e 52% masculino. As faixas etárias mais infectadas são 30-39>20-29>40-49>50-59>10-19>60-69>1-9>70-79 anos. Os primeiros casos foram registrados em jan./2020, com forte aumento ao longo de 6 meses, em comportamento de verticalidade exponencial da curva epidêmica, principalmente em localidades limítrofes a corpos hídricos. Ao simular o mesmo cenário e aplicar uma análise de progressão exponencial, sem considerar fatores de clima de entrada de inverno e outros que afetam o modelo epidemiológico de evolução da doença, podemos inferir que haverá uma aceleração de novos infectados. A estimativa de possíveis novos casos pode chegar a 5, 7 e 9 mil nos próximos 30, 60 e 90 dias, respectivamente.
Conclusão
A região exibe um crescimento exponencial da evolução de infecções pelo vírus da Dengue. Constatou-se frequente aumento no número de casos de dengue no norte de SC, sendo válida a atenção e alerta, tendo em vista que o alto perfil infeccioso da doença é responsável pela forte extensão e crescimento de ocorrências. A predição de casos no município para os próximos 30, 60 e 90 dias poderão chegar a 5, 7 e 9 mil respectivamente.
Palavras-chave
Vigilância em saúde; Aedes aegypti; Surto epidêmico;