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PADRÕES ALIMENTARES DE GESTANTES ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE COLOMBO, PARANÁ
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A gestação é indicada como um período com grande potencial de mudança nos hábitos alimentares para a mulher. A falta de conhecimento sobre uma alimentação saudável pelas gestantes reflete diretamente nas suas escolhas dietéticas, que podem estar influenciadas por fatores como aumento do apetite, paladar acentuado, condições socioeconômicas e influências locais. Objetivo: Identificar e descrever os padrões alimentares de gestantes em acompanhamento pré-natal no Sistema Único de Saúde de Colombo, Paraná. Método: Trata-se de um estudo transversal, recorte da coorte “Estudo das Condições de Vida e Saúde de Gestantes e Puérperas”, que entrevistou gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde de Colombo – PR no período de fevereiro de 2018 a setembro de 2019. Para identificação dos padrões alimentares, foi utilizado o questionário de frequência alimentar semanal do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) e realizada análise fatorial, com método de extração do fator principal, com rotação ortogonal varimax. A adequação da amostra para realização da análise foi avaliada por meio do teste Kaiser-Meier-Olkin (KMO). A consistência interna dos padrões foi testada por meio do alpha de Cronbach. Resultado: Foram identificados três padrões alimentares: saudável, ocidental e tradicional. O padrão 1) Saudável, caracterizado pelas cargas fatoriais mais elevadas relativas ao consumo semanal de: ao menos um tipo de verdura (0,79), salada ou legume cru (0,68), legumes cozidos (0,72) e frutas frescas (0,34); 2) Ocidental, caracterizado pelo consumo semanal de refrigerantes ou suco artificial (0,42), doces (balas, sobremesa, chocolate, sorvete) (0,54), leite e derivados (0,32) e embutidos (0,44); e o padrão 3) Tradicional, caracterizado pelo consumo semanal de feijão (0,35), carne vermelha (0,47) e frango (0,49). Dos 12 itens, o consumo de suco natural foi o único que teve carga fatorial abaixo de 0,30 e não constou em nenhum dos três padrões alimentares. O primeiro fator explicou 64,8% da variabilidade dos dados, o segundo 28,9% e o terceiro 24,9%. Conclusão: O padrão considerado saudável foi o mais descrito na prática alimentar das gestantes, porém, a educação nutricional continuada deve ser exercida afim de evitar o ganho de peso excessivo e ocorrência de fatores de risco para a mãe e o feto.
Palavras-chave
Palavras-chave: Gestação; Padrões alimentares; Consumo alimentar;