Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM HIV NAS REGIONAIS DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ.
LETICIA MARA MARCA, FREDERICO ALVES DIAS, YANNA DANTAS RATTMANN

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A principal forma de infecção pelo HIV em crianças ocorre pela transmissão vertical, da mãe para o bebê. No Brasil, de 2007 a 2019 foram diagnosticadas com HIV 1.996 crianças entre 0 e 14 anos, representando 0,66% de todas as notificações do período. O acesso aos serviços de saúde e aos medicamentos antirretrovirais impede a evolução da infecção para AIDS e reduz a mortalidade das crianças infectadas. Entretanto, a indisponibilidade destes ocasiona interrupções no tratamento, aumento de carga viral e mortalidade precoce. Objetivos: Investigar o perfil sociodemográfico das crianças infectadas pelo HIV no estado do Paraná e obter a taxa de prevalência nas diferentes regionais de saúde. Material e métodos: O estudo tem como população alvo todas as crianças que vivem com HIV no estado do Paraná, com idades compreendidas entre 0 e 12 anos, no período de janeiro a abril de 2020. Os dados foram obtidos a partir de relatórios do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). As variáveis de interesse foram o número de crianças diagnosticadas, faixa etária, sexo e cor da pele. A taxa de prevalência do estado e das 22 regionais de saúde foi calculada pela razão entre o número de crianças vivendo com HIV e número total de crianças na faixa etária correspondente em cada localidade, multiplicada por 100.000. O estudo tem aprovação do comitê de ética. Resultados: De janeiro a abril de 2020, o estado do Paraná totalizou 160 crianças com idades entre 0 e 12 anos diagnosticadas com o HIV. A taxa de prevalência no estado correspondeu a 8,17 casos/100 mil crianças. Predominaram crianças do sexo feminino (57,5%), com idades entre 9 e 12 anos (43,13%), declaradas brancas (76,25%). Em números absolutos, destacaram-se as regionais: Metropolitana (67 pacientes), Londrina (14 pacientes), Cascavel e Ponta Grossa (10 pacientes cada). No cálculo da taxa de prevalência, destacaram-se as regionais de saúde de Toledo (12,39 casos/100 mil crianças), seguida pela de Paranaguá (12,06 casos/100 mil crianças) e pela Metropolitana (10,80 casos/100 mil crianças). Conclusão: A identificação do perfil sociodemográfico e determinação das taxas de prevalência podem auxiliar no planejamento de serviços de saúde disponibilizados para crianças vivendo com HIV nas diferentes regionais de saúde estado do Paraná, de forma a minimizar as desigualdades regionais no acesso à assistência médica e à terapia antirretroviral.

Palavras-chave


Crianças; Prevalência; Síndrome da imunodeficiência adquirida;