Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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TUBERCULOSE EM ADOLESCENTES NO ESTADO DO PARANÁ: CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS
ROSIMARA OLIVEIRA QUEIROZ, KELLY ELAINE DE SOUSA, LAURA AKEMI STORER MAKITA, HERBERT LEOPOLDO DE FREITAS GÓES

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A tuberculose no Brasil ainda é um problema sério da saúde pública, a cada ano são notificados cerca de 70 mil novos casos, e 4,5 mil evoluindo para óbito. Objetivo: Caracterizar os casos tuberculose em adolescentes no período de dez anos. Método: Estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa, que investigou as notificações de tuberculose em adolescentes no Paraná, no período de 2010 a 2019. Os dados das notificações foram coletados através de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no DATASUS. Foram selecionadas adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos, de acordo com classificação do Ministério da Saúde. Após a coleta, os dados foram tabulados e organizados por meio do Programa Microsoft Excel 2016, e posteriormente analisados e discutidos, com auxílio da estatística descritiva. O estudo dispensou aprovação ética por utilizar-se exclusivamente de dados de domínio público. Resultado: Foram identificadas 1455 notificações de tuberculose no período estabelecido. Foi então dividido em dois quinquênios (2010-2014 e 2015-2019), destacando-se o quinquênio 2010 a 2014, que respondeu por 52,50% dos casos. A caracterização da população indicou prevalência da faixa etária de 15 a 19 anos (85,29%), sexo masculino (54,85%), e raça/cor branca (64,54%). Os agravos associados a tuberculose foram drogas ilícitas (13,88%) seguindo do alcoolismo (8,52%). Em relação ao teste de baciloscopia a primeira coleta o resultado foi positivo (51,82%), no entanto, evidenciou a não realização do teste da segunda baciloscopia (72,78%) e os testes do segundo e sexto mês de tratamento (64,60% e 69,60%), sendo a principal forma de manifestação a pulmonar (81,79%). A entrada dos casos foram como novos casos (91%). A evolução dos casos foi de cura (77,32%), seguindo com 6,87% de abandono do tratamento, entretanto 18 adolescentes foram a óbito. Conclusão: Evidenciou-se a redução de casos notificados de tuberculose em adolescentes no segundo quinquênio (2015-2019) e apesar de constatar-se majoritariamente a evolução dos casos em cura chama atenção para os casos de abandono de tratamento, óbitos e no monitoramento dos casos, o que implica em refletir sobre a importância de reforçar o protocolo de tratamento para tuberculose e principalmente nas ações educativas voltadas para a adolescência.

Palavras-chave


Saúde do Adolescente; Saúde Pública; Tuberculose