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TENDÊNCIA TEMPORAL DE CASOS DE HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA; AIDS - acquired immunodeficiency syndrome) caracteriza-se por um quadro clínico avançado resultante de um quadro de imunodeficiência causado pelo vírus da imunodeficiência humana, que é transmitido pelas vias sexual, vertical e parenteral. A AIDS configura-se um dos grandes problemas de saúde da atualidade em decorrência de seu caráter pandêmico, a discriminação e os custos altos requeridos para a prevenção e o tratamento. Com o surgimento de novas políticas públicas que dispõem de testes e tratamento, aumento da sobrevida e da qualidade de vida, a doença passou a ser considerada uma condição crônica, com repercussões epidemiológicas e desafios para a saúde pública em âmbito global. Os países vivenciam desafios constantes que visam atingir igualdade social e o acesso aos testes diagnósticos para infecção pelo vírus da imunodeficiência humana.
Objetivo: analisar a tendência temporal dos coeficientes de incidência, detecção e mortalidade pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), de 2008 a 2018 em Curitiba.
Material e Métodos: Estudo ecológico, com abordagem analítica de séries temporais. Foram analisados os casos de HIV/AIDS em residentes de Curitiba, no período de 2008 a 2018, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net. Para os dados demográficos foi utilizado o DATASUS.
Resultados: No período estudado, foram notificados 10.186 casos de HIV/AIDS (25% mulheres e 75% homens), entre os quais predominou a transmissão por via sexual (73,9%); destes, 42% foram entre heterossexuais, 25,5% entre homossexuais e 6,4% entre bissexuais. Em 2008 foram diagnosticadas 764 notificações de HIV/AIDS com taxa de detecção geral de 26,1 casos por 100 mil habitantes. O maior número de casos diagnosticados foi em 2015 com 1.305 notificações de HIV/aids e taxa de detecção geral de 69,4 casos por 100 mil habitantes. No ano de 2018 foram 981 casos notificados com taxa de detecção geral de 52,2 casos por 100 mil habitantes. A taxa de incidência de Aids por 100 mil habitantes foi de 15,7 em 2008; 41,9 em 2015 e 40 em 2018, percebe-se discreta diminuição. O coeficiente de mortalidade foi de 7,6 por 100 mil habitantes em 2008; 6,2 em 2015 e 5,4 em 2018, apesar da introdução da terapia antirretroviral de alta potência, disponível na rede pública de maneira ampla e gratuita desde 2006, não se observou a redução esperada, mas uma estabilização nas taxas de mortalidade.
Conclusões: Neste estudo a maioria dos casos de HIV/AIDS é do sexo masculino; predominou a transmissão por via sexual e entre heterossexuais. O maior número de casos, detecção e de incidência por 100.000 habitantes ocorreu em 2015, com discreta diminuição em 2018. Constatou-se estabilização nas taxas de mortalidade, apesar de Políticas Públicas efetivas, implantadas no Sistema Único de Saúde.
Objetivo: analisar a tendência temporal dos coeficientes de incidência, detecção e mortalidade pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), de 2008 a 2018 em Curitiba.
Material e Métodos: Estudo ecológico, com abordagem analítica de séries temporais. Foram analisados os casos de HIV/AIDS em residentes de Curitiba, no período de 2008 a 2018, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net. Para os dados demográficos foi utilizado o DATASUS.
Resultados: No período estudado, foram notificados 10.186 casos de HIV/AIDS (25% mulheres e 75% homens), entre os quais predominou a transmissão por via sexual (73,9%); destes, 42% foram entre heterossexuais, 25,5% entre homossexuais e 6,4% entre bissexuais. Em 2008 foram diagnosticadas 764 notificações de HIV/AIDS com taxa de detecção geral de 26,1 casos por 100 mil habitantes. O maior número de casos diagnosticados foi em 2015 com 1.305 notificações de HIV/aids e taxa de detecção geral de 69,4 casos por 100 mil habitantes. No ano de 2018 foram 981 casos notificados com taxa de detecção geral de 52,2 casos por 100 mil habitantes. A taxa de incidência de Aids por 100 mil habitantes foi de 15,7 em 2008; 41,9 em 2015 e 40 em 2018, percebe-se discreta diminuição. O coeficiente de mortalidade foi de 7,6 por 100 mil habitantes em 2008; 6,2 em 2015 e 5,4 em 2018, apesar da introdução da terapia antirretroviral de alta potência, disponível na rede pública de maneira ampla e gratuita desde 2006, não se observou a redução esperada, mas uma estabilização nas taxas de mortalidade.
Conclusões: Neste estudo a maioria dos casos de HIV/AIDS é do sexo masculino; predominou a transmissão por via sexual e entre heterossexuais. O maior número de casos, detecção e de incidência por 100.000 habitantes ocorreu em 2015, com discreta diminuição em 2018. Constatou-se estabilização nas taxas de mortalidade, apesar de Políticas Públicas efetivas, implantadas no Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Estudos epidemiológicos; Indicadores;