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INTRODUÇÃO: Os modos de vida contemporâneos têm favorecido o desenvolvimento de comportamentos de ansiedade frente às questões individuais, econômicas, sociais, culturais e familiares. Dentre as diversas formas de enfrentamento a estes modelos de sociabilidade, destacam-se comportamentos de ansiedade que podem apresentar sofrimento psíquico ao indivíduo e sua rede de apoio. Assim, as situações que provocam ansiedade algumas vezes são sentidas com grande sofrimento, prejudicando a qualidade de vida destas pessoas e diminuindo o grau de independência. Em relação a isso, muitas são as estratégias utilizadas para atuar no tratamento de indivíduos que se encontram em sofrimento psíquico decorrente de questões relacionadas a essa seara. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) configuram-se como uma importante conquista acerca da atuação por meio de serviços substitutivos às práticas manicomiais e que favorecem o isolamento e o estigma desta população em relação à sociedade. OBJETIVO: O presente estudo configura-se como um relato de experiência que visa apresentar um conjunto de ações desenvolvidas em um grupo terapêutico realizado em um Centro de Atenção Psicossocial tipo II da região do sertão central do estado do Ceará. Ressalta-se que a criação do grupo ocorreu durante a realização de atividades ligadas à Residência Integrada em Saúde, vinculada à Escola de Saúde Pública do Ceará – RIS/ESP-CE. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado em um Centro de Atenção Psicossocial tipo II (CAPS II) localizado no município de Quixeramobim, região do Sertão Central cearense, no período de agosto de 2018 a agosto de 2019. A experiência descrita a seguir se refere a um recorte do desenvolvimento do primeiro ano de funcionamento de um grupo terapêutico que permanece em atividade, o qual foi planejado e facilitado pelas psicólogas do referido equipamento, juntamente com as residentes do núcleo profissional da psicologia do Programa de Residência Integrada em Saúde, vinculada à Escola de Saúde Pública do Ceará. Os encontros do referido grupo aconteceram semanalmente no serviço, sendo abordados alguns temas sugeridos pelos usuários em conjunto com a equipe. RESULTADOS: Observa-se, por meio das atividades desenvolvidas, a realização de práticas alternativas de cuidado frente à medicalização e patologização da vida, bem como o fortalecimento do protagonismo dos usuários participantes e a criação de grupos sociais fora do serviço, que permitem a troca de experiências e vivências entre eles de forma integral e horizontal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se a importância de ações coletivas e grupais que favoreçam a desmistificação do cuidado de indivíduos em sofrimento psíquico, as quais possam estar pautadas no vínculo, autonomia e corresponsabilização do cuidado.

Grupos; Ansiedade; Autonomia;