Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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BURNOUT E FATORES ASSOCIADOS ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE HOSPITAL MUNICIPAL NO RIO DE JANEIRO
JORGE LUIZ LIMA DA SILVA, RAFAEL DA SILVA SOARES, ENÉAS RANGEL TEIXEIRA, GIULIA LEMOS DE ALMEIDA, ANA LUÍSA DE OLIVEIRA LIMA, FERNANDA KAROLINNE RAMPE DE OLIVEIRA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: burnout é definida como estresse crônico experimentado pelo indivíduo em seu contexto de trabalho, principalmente, no âmbito das profissões cuja característica essencial é o contato direto com pessoas como, por exemplo, os profissionais de enfermagem. Objetivo: descrever a prevalência e possíveis fatores associados à síndrome de burnout entre profissionais de enfermagem de setores fechados. Material e método: a pesquisa se deu por meio de estudo epidemiológico observacional, descritivo seccional. A população foi composta por amostra de 85 profissionais da equipe de enfermagem de setores de terapia intensiva de hospital de grande porte, no município do Rio de Janeiro. O instrumento utilizado foi questionário estruturado com perguntas fechadas, contendo a versão traduzida e validada para o português do Maslach Burnout Inventory. O estudo foi aprovado por comitês de ética de duas instituições. A coleta de dados ocorreu no mês de janeiro de 2018. Foi realizada análise estatística descritiva com medidas de tendência central, de dispersão e análise de frequência. Realizou-se a pontuação de cada subescala do instrumento, acrescidos de desvio-padrão. Para análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences® 21. Resultados: a prevalência global de suspeição da síndrome encontrada foi de 40%, onde 24,7% apresentaram esgotamento emocional alto, 18,8% com a despersonificação elevada, e 08,2% com realização profissional baixa. Entre as variáveis sociodemográficas, ter cursado ensino superior (p=0,028) apresentou associação com a síndrome, assim como as laborais: categoria profissional enfermeiro (p=0,009), e sentir-se estressado no trabalho (p=0,001). Conclusão: é necessário adotar medidas preventivas para a manutenção da saúde mental, a fim de evitar prejuízos desnecessários à saúde do profissional de enfermagem, à sua qualidade de vida, à instituição, e até mesmo ao setor previdenciário. O estresse, por si só, é fator de estímulo a novos desafios, o que remete a ideia de que a organização e características do trabalho da enfermagem acabam por favorecer o surgimento insidioso do burnout.

Palavras-chave


estresse psicológico; esgotamento profissional; equipe de enfermagem;