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Introdução - Durante uma pandemia são esperados comportamentos reativos e protetivos de ansiedade. As manifestações mais comuns são: preocupação, dificuldade de concentração, estresse, taquicardia, medo, insegurança, dor de cabeça, exaustão, mudanças de humor, apetite e sono. No entanto, em que pesem sua magnitude e frequência precisam de maior atenção e cuidados para minimizá-los, na busca de equilíbrio para saúde mental e física. Dentro das Práticas Integrativas e Complementares (PIC’s) existe a auriculoterapia, que trata do estímulo de pontos na orelha, utilizado para amenizar sinais e sintomas das mais diversas patologias, bem como diminuir o uso abusivo de medicamentos. Sendo assim a auriculoterapia foi utilizada como intervenção ao cuidado humanizado dos profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) na linha de frente contra o Coronavírus 19 (COVID-19). Objetivo - Relatar como a aplicação de auriculoterapia nos profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) contribui para o alívio da ansiedade e suas manifestações frente ao período de pandemia do Covid-19. Métodos - Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa na modalidade de relato de experiência onde foi elaborado um roteiro de anamnese para levantamento de informações de como os trabalhadores estavam se sentindo neste momento de pandemia. O roteiro foi aplicado na primeira semana a fim de explorar a frequência de medo, insegurança, preocupação, concentração, tensões, exaustão, mudanças de humor, gastrointestinais, apetite e sono. A técnica da auriculoterapia foi aplicada semanalmente pelas Enfermeiras residentes de saúde da família e os pontos escolhidos: ansiedade, coração, subcórtex, tronco cerebral, fígado, rim, shen men, yang do fígado e simpático. Resultados - Constatamos que a auriculoterapia teve boa adesão pela equipe, visto o atual quadro de funcionários de 36 trabalhadores, com participação em quatro semanas de 18 trabalhadores assiduamente. A partir da anamnese, levantamos como principais queixas trazidas pelos profissionais de saúde: dores de cabeça, tensão muscular, irritabilidade e preocupação constante. A intervenção ainda está em andamento, porém ao longo das primeiras semanas, as observações feitas pelos profissionais foram: melhoras no sono, redução das queixas tensionais da musculatura e melhora das dores de cabeça. Conclusões - As PIC’s, especificamente a auriculoterapia utilizada nesta experiência, são práticas humanizadas de baixo custo, de fácil aplicação, com efeitos de curto prazo, e que viabilizam melhora na qualidade de vida dos profissionais de saúde. Consequentemente reflete também na melhora do atendimento prestado aos usuários.

Auriculoterapia; Ansiedade; Saúde coletiva