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ESTADO NUTRICIONAL E RISCO CARDIOVASCULAR DE TRABALHADORES DE UMA EMPRESA DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: A alta prevalência de excesso de peso e doenças crônicas não transmissíveis evidenciadas entre os trabalhadores demostram a importância do planejamento de estratégias para a promoção de saúde no local de trabalho (BLÜER, 2019). Entre os principais fatores de risco se destacam uma alimentação não saudável e a baixo nível de atividade física (WHO, 2017). Diante disto, incentivar a adoção e implementação de programas de promoção a saúde é fundamental para melhorar este quadro, para isso a compreensão do estado de saúde dos trabalhadores se torna o ponto de partida. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e o risco cardiovascular de trabalhadores de empresa beneficiária do Programa de Alimentação do Trabalhador. METODOLOGIA: Este trabalho faz parte de um projeto maior intitulado “Preparações ofertadas a trabalhadores atendidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)”, que recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (n° 408429/2017-8). A pesquisa foi realizada no município de Curitiba, Paraná, em uma empresa beneficiária do Programa de Alimentação do Trabalhador. Os funcionários que realizavam sua refeição na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) da empresa, foram convidados a participar da pesquisa, e aqueles que aceitavam, preenchiam um questionário com questões socioeconômicas e de saúde. Posteriormente, os participantes passaram por avaliação física e foram aferidos altura, peso e circunferência da cintura. Foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar o estado nutricional e a Circunferência da Cintura para avaliar o risco de doenças cardiovasculares (WHO, 2000). Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Excel. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (n° 3.744.321). RESULTADOS: Participaram da pesquisa 64 funcionários. A maioria era do sexo masculino (76,6%, n=49), com idades entre 20 e 55 anos. Com relação ao IMC, 57,8% (n=37) apresentavam sobrepeso e 18,8% (n=12) obesidade. Quanto à circunferência da cintura, 37,5% (n=24) foram classificados como risco aumentado e 25,0% (n=16) risco muito aumentado para doenças cardiovasculares. CONCLUSÃO: A maioria dos participantes apresentava excesso de peso e risco para doença cardiovascular. Este resultado demostra a necessidade de maior atenção à saúde dos trabalhadores. Ações dentro da empresa, voltadas para identificação e redução dos fatores de risco podem ser realizadas em conjunto com profissionais da saúde e com equipe multiprofissional contribuindo, inclusive, com a qualidade de vida destes trabalhadores.
Palavras-chave
Saúde do Trabalhador; Estado Nutricional; Obesidade;