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PERCEPÇÃO DE AUTOIMAGEM DE PROFESSORAS DE PARANAGUÁ
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor em Paranaguá-PR, desenvolve ações de promoção, prevenção e reabilitação da saúde das professoras. No ano de 2019, em parceria com o PET Saúde Interprofissionalidade da UFPR Litoral, promoveu um diagnóstico situacional e estratégias de ações interprofissional em saúde a fim de aprimorar o programa. OBJETIVO: analisar a percepção e satisfação de autoimagem corporal de professoras. METODOLOGIA: Estudo com delineamento transversal, aprovado pelo comitê de ética, parecer 2.884.824. Foram avaliadas 99 professoras com média de idades 42 ± 9 anos (variação 19 a 60 anos), peso 73,7 ± 14,6 Kg, estatura 1,62 ± 0,1m e Índice de massa corporal (IMC) 28,2 ± 5,4. A percepção de autoimagem corporal foi avaliada pelo Teste de Escala de Silhuetas Brasileiras para Adultos de “Kakeshita”, que possui uma escala com imagens de silhuetas variando 1 (menor silhueta) a 15 (maior silhueta), na qual a avaliada indica: qual silhueta se vê (silhueta percebida) e qual silhueta gostaria de ter (silhueta desejada). Adicionalmente, foi calculada a silhueta estimada pelo IMC. Por meio da diferença entre “silhueta percebida” e “desejada” foi calculada a satisfação pessoal com a autoimagem, isto é, valor positivo representa o desejo de aumentar silhuetas, valor zero indica satisfação com autoimagem e o valor negativo indica desejo de “diminuir” suas silhuetas em relação à percebida. Realizou-se teste t de amostras pareadas e correlação de Spearman. RESULTADOS: As variáveis apresentaram as seguintes médias: i) “Silhueta Percebida”, 9,28 ± 2,81; ii) “Silhueta Desejada”, 6,93 ± 1,95; iii) “Silhueta Estimada pelo IMC”, 7,23 ± 2,12 e iv) “Diferença Silhueta Desejada – Percebida”, -2,33 ± 1,75 (p<0,01). Essas médias indicam: 1) que o sobrepeso observado na média de IMC é autopercebido na declaração de silhuetas, porém há uma distorção de autoimagem, uma vez que a média de “silhueta percebida” foi 2 silhuetas a mais que a “silhueta estimada” (p<0,01). 2) A média de “silhueta desejada” e “estimada”, não apresenta diferença. Insto indica que provavelmente elas possuem as silhuetas que gostariam de ter, mas se percebem duas a mais. 3) 87% das professoras estão insatisfeitas, sendo dessas 83% gostariam de ter um corpo mais magro e “diminuir” em média 2 silhuetas, sendo que a silhueta que gostariam de ter, é em média a mesma estimada pelo IMC. CONCLUSÃO: De forma geral há uma incidência de sobrepeso indicado pelo IMC, há insatisfação com a autoimagem, mas a autoimagem parece deturpada. Possivelmente essa distorção é influenciado por um padrão social idealizado a um corpo mais magro, porém são necessárias investigações futuras visando compreender essa relação de fatores que influenciam da deturpação autoimagem desta população e quais as consequências dessa distorção apresentada. Supomos que possa acarretar influências negativas na condição de saúde e laboral destas professoras.
Palavras-chave
Docentes; Autopercepção; Sobrepeso;