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ESTADO NUTRICIONAL DE FUNCIONÁRIOS ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 70% das causas de mortes no mundo e estão relacionadas, principalmente, ao excesso de peso, uma alimentação não saudável, falta de atividade física, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e o fumo (WHO, 2017). No Brasil, dentre as políticas de alimentação e nutrição tem-se o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que tem como objetivo promover a melhoria do estado nutricional do trabalhador, a partir da oferta de alimentação nutricionalmente adequada, por meio de incentivos fiscais às empresas beneficiárias do programa (BRASIL, 1976). OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional de trabalhadores beneficiados pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, correlacionando com dados sociodemográficos. MATERIAL E MÉTODOS: Esta pesquisa faz parte de um projeto maior intitulado “Preparações ofertadas a trabalhadores atendidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)”, que recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (n° 408429/2017-8). A pesquisa foi realizada no município de Curitiba, Paraná, em uma Unidade de Alimentação e Nutrição, que atende a uma empresa beneficiária do PAT, no período de uma semana. Os funcionários que realizavam suas refeições na unidade foram convidados a participar da pesquisa e aqueles que aceitaram assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os participantes responderam a um questionário com questões sociodemográficas, onde também registraram peso e altura autorreferidos. Foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar o estado nutricional (WHO, 2000). Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Excel. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (n° 3.744.321). RESULTADOS: Participaram da pesquisa 408 funcionários, com idade entre 19 e 65 anos, sendo a maioria do sexo masculino (72,1%). Com relação ao IMC, 43,1% dos funcionários apresentavam sobrepeso, 38,0% eram eutróficos e 15,9% tinham obesidade. Dentre os trabalhadores com sobrepeso, observou que a maioria possuía pós-graduação (49,4%) ou graduação (34,1%), e tinham faixa salarial de 2 a 5 salários mínimos (33,5%). Já os trabalhadores com obesidade, destacava a escolaridade de graduação (52,3%) e faixa salarial de 1 a 2 salários mínimos (41,5%). Ao considerar o sexo dos funcionários, observou que 65,3% dos homens e 43,0% das mulheres tinham excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). CONCLUSÃO: A maioria dos participantes apresentava excesso de peso, principalmente os funcionários do sexo masculino. Os resultados demonstram a necessidade de ações nas empresas que visem a saúde do trabalhador, independente da escolaridade e renda.
Palavras-chave
Estado Nutricional; Serviços de Alimentação; Saúde do Trabalhador;