Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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TELEATENDIMENTO EM TEMPOS DE PANDEMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA
VANESSA PEREIRA CORRÊA, ARIETE MINETTO CASTELLER, LUCIANE BISOGNIN CERETTA, GISELE SILVEIRA COELHO LOPES, LISIANE TUON

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: O SARS-Cov-2 foi detectado no fim de 2019, na China e, em pouco tempo, tornou-se uma emergência global em saúde pública. Diante desta situação, diversas instituições pesquisadores passaram a buscar estratégias de enfrentamento a pandemia. Devido ao contágio acelerado do vírus, as soluções tiveram que pautar-se no distanciamento social. Ademais, as tecnologias tornaram-se grandes aliadas no atendimento e na disseminação de informações seguras. Objetivos: Descrever a experiência dos profissionais que trabalharam em tecnologias de teleatendimento durante a pandemia do novo coronavírus. Métodos: Relato sobre a experiência dos profissionais de saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, à frente das tecnologias “SOS Unesc – COVID-19”, que funcionou como teletriagem de COVID-19, e “Acolher”, um teleatendimento em saúde mental, especialmente para profissionais da linha de frente. Os atendimentos alcançaram Criciúma e região. Em determinados momentos, teve alcance de outros estados e foram atendidos normalmente. Os relatos foram coletados através de um formulário online, no mês de abril, após um mês do início dos trabalhos. Resultados: O sistema de teletriagem foi implementado no início de março, e logo depois, foi criado o teleatendimento em saúde mental. Esse segundo programa, foi a extensão de um programa de saúde mental que existe fisicamente para alunos da universidade. A tecnologia surgiu da alta demanda de atendimentos de cunho psicológico na teletriagem. Entre os dois programas, trabalharam 72 residentes em saúde, 24 professores médicos e 14 professores de outras áreas da saúde. A grande maioria dos profissionais relata que não teve dificuldades de adaptação com a plataforma. No entanto, aqueles que relatam dão ênfase para a dificuldade de humanização nos atendimentos através da palavra escrita. Ao definir sua experiência em uma palavra, os termos que mais surgiram foram: gratidão, reinvenção, conhecimento, inovação e resiliência. Conclusão: Através dessas ferramentas, a universidade comunitária cumpriu seu papel de responsabilidade social e contribuiu para a formação profissional e social de seus profissionais de saúde. As tecnologias tiveram um excelente alcance de Criciúma e região e podem ser adaptadas para outros formatos de teleatendimento futuramente, visto que a disseminação de informações seguras leva mais tranquilidade às famílias da região e diminui a sobrecarga do sistema de saúde.

Palavras-chave


infecções por coronavirus; acolhimento; tecnologia biomédica