Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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TENDÊNCIA DA MORTALIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO DE FRANCISCO BELTRÃO, PARANÁ, BRASIL (2016-2018)
MARINA DA ROSA, IRIDES APARECIDA CAVALARI, LIRANE ELIZE DEFANTE FERRETO

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: Esforços mundiais para baixar as taxas de mortalidade infantil (TMI) têm sido desenvolvidos por órgãos como Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora tenha havido redução destes indicadores, as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) entre 1990 e 2015 não foram atingidas no contexto global.
Objetivos: Identificar a tendência das TMI no município de Francisco Beltrão, Paraná no período de 2016 a 2018.
Material e Métodos: Estudo epidemiológico de dados agregados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do município de Francisco Beltrão, PR, no período de 2016 a 2018. Foram calculadas as TMI brutas anuais, com os respectivos intervalos de confiança 95% (IC95%) e o erro-padrão. Calculou-se as TMI por componentes neonatal precoce, neonatal tardio e pós-neonatal. Foram utilizadas as variações percentuais médias anuais para estimar as mudanças da TMI a cada ano. Todos os cálculos foram realizados no Excel ® Microsoft 2010.
Resultados: Identificou a TMI de 8 por mil nascidos vivos (IC95%: 3,46-13,46) em 2016; 12,9 (IC95%: 6,79-19,11) e 13,6 (IC95%: 7,31-19,85), por mil nascidos vivos em 2017 e 2018 respectivamente. No período foram registrados no SINASC 3.939 nascimentos e no SIM 46 óbitos para o município, estimando-se uma TMI em 11,6 por 1.000 nascidos vivos (IC95%: 4,31–19,01). Verificou-se oscilações no cálculo da média móvel das taxas de mortalidade infantil (MIMOV) que aumentaram em aproximadamente 28,35% (IC95%:26,68-30,01) no período. A maior TMI foi no componente neonatal precoce: 5,4 por mil nascidos vivos em 2016; 6,81 e 8,3 por mil nascidos vivos em 2017 e 2018 respectivamente. O erro padrão da TMI foi de 6,5; 9,8 e 10,2 em 2016, 2017 e 2018.
Considerações finais: Como podemos perceber neste estudo, observou-se TMI em elevação no período com maiores registros no componente neonatal, indicando a importância do olhar para o pré-natal de qualidade e uma atenção adequada ao parto e ao recém-nascido, contribuindo para a redução da TMI aos patamares de um dígito.

Palavras-chave


Mortalidade infantil; Tendências; Políticas públicas;