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Introdução: A tuberculose (TB) é uma das infecções bacterianas mais antigas da humanidade. No Brasil, suas taxas mostraram-se maiores quando comparadas a nível mundial em virtude da TB ser uma patologia de magnitude social, uma vez que ela está associada à vulnerabilidade socioeconômica. Nesse contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS) é um relevante instrumento de promoção, prevenção e tratamento a comunidade. Objetivos: Este estudo analisa a assistência da APS, através da Estratégia de Saúde da Família (ESF), aos indivíduos vulneráveis e contaminados com TB. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa que seguiu as seguintes etapas: estabelecimento da questão a ser investigada, identificação das bases de dados, definição dos critérios e seleção dos artigos, sendo estes triados e interpretados para síntese do conteúdo abordado. Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e SciELO com os descritores “TUBERCULOSE” AND (“PRIMARY CARE” OR “ESF”) entre os dias 26 e 28 de junho de 2020. Os critérios de inclusão são publicações completas realizadas nos últimos cinco anos em inglês ou português e os critérios de exclusão são duplicidade, revisões sistemáticas, teses, recursos educacionais e artigos inviáveis com o tema. Resultados: Elegeu-se 2 artigos da PubMed, 44 da BVS e 13 da SciELO contabilizando 59 publicações. Foram excluídos 21 por duplicidade, 14 pela utilização de tipologias metodológicas não viáveis e 12 por não contemplarem a interseção entre TB e APS, restando 12 artigos para análise integral. A partir destes, tornou-se evidente que a APS, por meio da ESF, é a porta de entrada para prevenção, diagnóstico e tratamento da TB na região descrita, sendo necessária uma equipe multidisciplinar para criação de um modelo de gestão de cuidado com investigação patológica, suporte para descoberta precoce da doença com baciloscopia e radiografia nos casos suspeitos, disponibilidade medicamentosa e supervisão das pessoas com TB. Sendo necessária a criação de vínculos com o paciente, através de incentivos socioeconômicos, atividades educativas e controle pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para que ocorra adesão completa ao tratamento, fundamentado em acolhimento, humanização e qualidade. Conclusão: É evidente a importância do trabalho das equipes de ESF, no nível da APS, que assumem o papel de regulação e controle da TB, buscando promover qualidade de vida e homeostasia da população, sendo necessária uma abordagem integrada multiprofissional para descentralização do cuidado do usuário do SUS (Sistema Único de Saúde).

Tuberculose; Atenção Primária á Saúde; Estratégia de Saúde da Família