Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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LIMITAÇÃO DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA MULHER E SEU IMPACTO NA ATENÇÃO TERCIÁRIA
IVAN LOPES BONISSON SILVA, CLARICE RIZZI LAGE, LUCAS NEVITON RODRIGUES DE ABREU

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução : A UBS, bem como seus serviços essenciais devem ser o serviço a gerenciar os recursos do SUS, com grande resolutividade na maioria das questões relativas aos cuidados em saúde da população. No contexto da saúda da mulher é importante citar acompanhamento de doenças crônicas; serviços de rastreio e acompanhamento de patologias do colo uterino e mama; acesso a serviço e planejamento reprodutivo; prevenção de violência e pré-natal de risco habitual adequado e completo.
As unidades básicas de saúde do Município de Belo Horizonte têm Ginecologista de Referência
Material e Métodos: Pesquisa qualitativa dos atendimentos prestados pelos profissionais do Pronto Atendimento da Maternidade Sofia Feldman, que atende exclusivamente usuárias do Sistema Único de Saúde na cidade de Belo Horizonte; Bem como observação do aumento de queixas que deveriam ser atendidas na Atenção Primária.
A pesquisa foi aplicada entre os 25 Médicos assistentes do Pronto Socorro da Maternidade Sofia Feldman; desses 18 responderam (72%). As perguntas eram baseadas na parte Subjetiva da anamnese ou de Queixa principal dos atendimentos realizados no pronto Atendimento onde foi abordada a motivação da Mulher a procurar o pronto atendimento.
Resultados: Todos (100%) os Médicos assistentes que participaram afirmaram um aumento significativo dos atendimentos relacionados a causas prioritariamente do campo de ação e resolução da atenção primária do município.
Foi observado pelos profissionais, aumento significativo de queixas como revisão de posicionamento de DIU; Atendimentos em planejamento familiar e preconcepção; além de orientação sobre Pré-natal de risco habitual e observação de resultados de exames.
Considerações Finais: Houve um aumento do volume de atendimentos em comparação com a mesma época do ano, de atendimentos considerados não urgentes e marcados como prioridade azul ou verde pelo protocolo de classificação. O que, além de sobrecarregar o atendimento de urgência e emergência obstétrica e ginecológica expõe mulheres ao risco de contágio pelo contexto pandêmico da COVID-19. É importante a APS se manter como articuladora do sistema de saúde, no papel da orientação e regulação dos serviços que devem ser mantidos ou não, com propósito final do atendimento integral a Mulher e redução de danos relacionadas à Pandemia. Portanto serviços essenciais como pré-natal e encaminhamentos relacionados a serviços oncológicos não devem ser interrompidos e serviços não urgentes como acesso a anticoncepção, resultados de exames e orientações gerais devem ser feitos como forma de prevenção de agravos a saúde da Mulher e sua família.

Palavras-chave


Saúde da Mulher; Atenção Primária à Saúde; Sistema Único de Saúde