Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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A REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ENFRENTAMENTO À COVID-19: REVISÃO INTEGRATIVA
VIVIA SOARES LOPES, FRANCISCO CID DA SILVA LOPES, NAYANA CINTIA SILVEIRA, MARCOS AGUIAR RIBEIRO, IZABELLE MONT’ALVERNE NAPOLEÃO ALBUQUERQUE

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: Notificado em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, o novo coronavírus (SARS - CoV-2), agente causador da COVID-19, já infectou mais de 200 países. No Brasil, o primeiro caso ocorreu em fevereiro, iniciando uma das maiores operações do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS) se reorganizou diante desse desafio, por fazer parte de um território vivo e dinâmico, adotando medidas de prevenção com grupos de risco, prevenindo agravos e regulando o atendimento para outro serviço, caso necessário, a fim de garantir a manutenção da saúde. Assim, é importante conhecer a organização da APS nesse tempo, contribuindo para a realização de mais estudos. OBJETIVOS: Relatar a reorganização da Atenção Primária à Saúde frente à COVID-19, baseado na literatura. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa de abordagem qualitativa, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: Coronavírus, Atenção Primária à Saúde e Serviços de Saúde. Os critérios de inclusão foram: idioma na língua portuguesa e publicado em 2020. Os de exclusão foram: documentos duplicados e não abordagem da temática. Com os filtros totalizaram-se 14 documentos oficiais do Ministério da Saúde (MS), publicados em março (3 versões), abril (2 versões) e maio (2 versões), dos quais 7 foram estudados. RESULTADOS: Observou-se que, primeiramente, a APS adotou o mesmo protocolo para casos de Coronavírus ou outra Síndrome Gripal (SG). Na segunda versão, a APS orientava o isolamento social de 14 dias para pessoas com quaisquer sintomas gripais e contatos familiares, independentemente da etiologia viral. Ademais, houve a inclusão do Teleatendimento e do Fast-Track, ferramentas que direcionam informações preventivas e corretivas à APS e usuários. Ainda nessa versão, abrangeu-se mais as comorbidades cardiovasculares. Por fim, inclui-se gestantes de alto risco na indicação para Centros de Referência e Atenção Especializada. A partir da terceira versão, a APS adequou o atendimento de pessoas com doenças hepáticas em estágio avançado e Obesidade (IMC >=40), considerando-as condições clínicas de risco. A APS também notifica novamente os casos de SG que posteriormente testaram positivo para COVID-19, além de ter também iniciado a testagem de grupos prioritários na maioria das vezes. Na última versão analisada, destaca-se a reorganização da APS quanto à renovação dos receituários de pacientes com comorbidades por um máximo período de tempo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, esta revisão mostra como a APS reorganiza-se conforme a curva epidemiológica, incluindo, modificando, e excluindo ações, desde a fase de alerta à COVID-19, demonstrando constante dinamismo e necessidade de estudos que apontem sugestões para a tomada de decisão e organização dos serviços, assegurando qualidade na Atenção à Saúde.

Palavras-chave


Coronavírus; Atenção Primária à Saúde; Serviços de Saúde;