Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
MARCILENE DE PAULA, DOROTEIA HÖFELMANN

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução. O pré-natal visa garantir o desenvolvimento da gestação, sem intercorrências maternas e fetais evitáveis. O risco de morrer na gestação é de 100 a 200 vezes maior para as mulheres residentes em países de baixa e média renda, quando comparadas aos países ricos. O início oportuno do pré-natal e a realização de seis ou mais consultas são indicadores de qualidade assistencial, porém, ainda persistem barreiras de acesso que exercem influência negativa no desfecho da gestação. Objetivos. Analisar a estrutura da assistência e sua relação com a qualidade do pré-natal. Material e Métodos. Estudo descritivo, com coleta de dados por meio de prontuário, carteira de gestante e entrevista. Para avaliação da qualidade do pré-natal será realizada a análise de estrutura, processos e resultados e para estabelecer as variáveis destas três dimensões, foram utilizados os critérios do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Rede Cegonha e Rede Mãe Paranaense. No eixo relativo à estrutura, foram realizadas verificações quanto à cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e estrutura física da UBS para posteriormente estabelecer sua relação com a qualidade da atenção. Resultados. Por se tratar de uma pesquisa em andamento, os resultados referentes às dimensões processo e resultados ainda estão em fase de coleta e apresentamos neste trabalho os dados relativos à estrutura. Considerando dados oficiais, o município possuía uma cobertura da estratégia saúde da família de 63,1% em dezembro de 2019, apresentando um decréscimo de cobertura nos três últimos anos. De acordo com dados disponibilizados pelo município, os quais tiveram como origem estimativa de população de cada território realizada pelas UBS no ano de 2018, a cobertura populacional estimada para o ano de 2019 foi de 46,8%. Uma UBS teve menos de ¼ da sua população coberta, 8 tiveram de 25 a 50% de cobertura, 1 de 50 a 75% de cobertura e 1 de 75 a 100% de cobertura. Verificou-se no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde que as equipes estavam completas. Observou-se a falta de consultórios em duas UBS, nas demais a relação profissional por consultório estava adequada. Conclusões. Apesar de todas as equipes cadastradas estarem com o número correto de profissionais, estavam em número insuficiente para a cobertura da população, dado que aponta para a relação desproporcional entre o número de profissionais e a população adscrita, o que pode refletir no acesso, na qualidade dos serviços e na sobrecarga da força de trabalho.

Palavras-chave


Avaliação de Serviços de Saúde; Qualidade da Assistência à Saúde; Cuidado Pré-natal;