Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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USO DE CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO NAS TESTAGENS DE CARGA VIRAL DE HIV EM PLASMA HUMANO
DANIELE FERREIRA BARBOSA DOS SANTOS BALTAZAR, DANIELE FERREIRA BARBOSA DOS SANTOS BALTAZAR, MAYRA MARINHO PRESIBELLA, MARIA DO CARMO DEBUR ROSSA, GISELE APARECIDA BERNARDI, IRINA RIEDIGER

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO O ensaio de carga viral (CV) é o padrão ouro para monitorar a efetividade do tratamento e avaliar a adesão dos PVHIV (pessoa vivendo com HIV) em terapia antiretroviral. Desde 2012, o Ministério da Saúde (MS) possui contrato com a empresa Abbott que disponibiliza os equipamentos M2000 e o sistema Abbott RealTime HIV-1 para todo o país. O kit contém controle negativo, positivo baixo e positivo alto para HIV-1 e um controle interno de extração das amostras, os quais são utilizados para validar e interpretar os resultados. Em conformidade com a RDC 302/2005, o MS fornece avaliação externa da qualidade a fim de verificar a reprodutibilidade entre os laboratórios da rede. Também com a finalidade de garantir a confiabilidade de seus resultados o LACEN/PR possui contrato com a ControlLab (ensaio de proficiência). A RDC 302/2005 também recomenda o controle de qualidade interno que implica na inclusão de uma amostra controle caracterizada previamente.
OBJETIVO Ajustar o protocolo de qualidade para a rotina de CV de HIV do LACEN/PR à RDC 302/2005, que preconiza o uso de mais um ponto de controle de qualidade.
MATERIAL E METODOS O LACEN/PR adotou em janeiro de 2019 o uso de mais um controle interno de qualidade em cada rotina. Este controle foi produzido internamente a partir de uma bolsa de plasma fornecido pelo HEMEPAR, contaminada com plasmas de pacientes com alta carga viral. A partir desta bolsa, foram realizadas alíquotas conservadas a -80°C. Foram acompanhadas as variações de leitura deste controle a cada rotina em uma planilha segundo os critérios de Westgard.
RESULTADOS Fez–se uma validação com 10 pontos e os valores encontrados para a média de leitura deste controle interno, desvio padrão e coeficiente de variação foram respectivamente 4,13; 0,9 e 2%. De janeiro a agosto de 2019, foram realizadas 10 calibrações por mudança de lote dos reativos (extração e amplificação) e foram processadas 121 rotinas num total de 11136 testes. Destes testes, 10295 foram amostras processadas, 363 foram controles do kit e 121 testes foram para o controle interno da qualidade. Dos testes utilizados para controle interno de qualidade, cinco foram perdidos: quatro apresentaram erros de extração, um erro de amplificação e outro foi perda por erro fatal no equipamento. Uma leitura foi reprovada pelo critério de Westgard (ficou acima do 3° desvio padrão). A média de leitura do controle interno das 114 rotinas consideradas foi de 4,16, desvio padrão de 0,8 com o mesmo coeficiente de variação da validação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo a RDC 302/2005 cabe ao laboratório determinar a forma de controle e a frequência de utilização. O processamento Abbott se mostrou muito estável durante o período avaliado e a bolsa de plasma contaminada se mostrou uma boa prática como controle interno de qualidade.

Palavras-chave


Controle interno;HIV; carga viral