Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E MOTIVAÇÕES DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ANA BEATRIZ MATTOZO CORDEIRO., VINÍCIO OLIVEIRA DA SILVA, JACKELINE MARIA DE ALMEIDA SOUZA, MICHELE CRISTINA DULLIUS

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: Há 10 anos, os Cursos de Graduação em Saúde Coletiva (CGSC) tornaram-se uma realidade no Brasil. Consistem em uma nova modalidade de formação no campo da Saúde Coletiva, com a finalidade de formar profissionais críticos e reflexivos, qualificados para a atuação frente aos problemas e necessidades de saúde da população, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reforma Sanitária Brasileira. Assim, por se tratar de um curso novo, torna-se relevante traçar o perfil sociodemográfico e identificar as motivações de estudantes quanto a essa formação. OBJETIVO: Traçar o perfil sociodemográfico de estudantes de graduação em Saúde Coletiva da UFPR e identificar suas motivações para inserção no curso. MÉTODO: Trata-se de estudo exploratório-descritivo, de natureza quali-quanti, por meio da aplicação de questionário semiestruturado. Os participantes do estudo foram estudantes do CGSC da UFPR. A amostra foi composta por 16 participantes, com representatividade amostral de 20% do total de estudantes até o segundo semestre de 2018. É relevante salientar que a pesquisa teve aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sendo respeitadas as recomendações e normas das Resoluções CNS nº 466/12 e nº 510/2016. RESULTADOS: No que se refere ao perfil sociodemográfico, os resultados mostram que, 18,5% dos estudantes têm entre 20 e 25 anos, 37,5% (26-30 anos), 31,25% (37-41 anos). Embora em menor percentual, chama a atenção a quantidade de estudantes que têm acima de 52 anos. Há predominância do sexo feminino (87,5%), reforçando assim, a feminilização da força de trabalho em saúde no Brasil. Em relação a cor, 56,25% dos estudantes são pardos. A representatividade de estudantes da cor preta é de apenas 6,25%, considerada baixa em relação à média nacional. 56,5% dos participantes são solteiros e 62,5% não possuem filhos. No que diz respeito à situação de moradia, 75% moram com os pais, familiares ou companheiro e 93,75% contribuem com a renda familiar. Quando questionados sobre as motivações, 50% afirmaram que o CGSC foi primeira opção no vestibular. A estrutura curricular do curso, as diversas possibilidades profissionais, o fato de já ter trabalhado em áreas afins e por ser o curso para o qual tinha média suficiente foram as principais razões que levaram 31,25% dos estudantes a ingressarem no curso. 75% responderam que a escolha se deu por ser um curso que permitia aquisição de conhecimentos na área de interesse e 43,75% por ser um curso que permitia desempenhar uma profissão útil. CONCLUSÕES: Neste estudo, foi possível traçar um quadro panorâmico da situação atual, mostrando-se um perfil heterogêneo. Assim, as motivações e determinações ainda precisam ser exploradas. O monitoramento e acompanhamento dos egressos dessa formação são fundamentais para identificar os desafios a serem superados, na perspectiva da inserção profissional, do reconhecimento da profissão e da construção da identidade profissional.

Palavras-chave


Saúde Coletiva; Formação profissional; Recursos humanos em saúde;