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COLETA DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS: UMA EXPERIÊNCIA SOBRE A RELAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COM A SAÚDE
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
Introdução: A infância é um período de importante desenvolvimento da criança, de seu corpo e maturidade. Uma alimentação saudável é essencial nessa fase, pois deve fornecer todos os nutrientes e minerais necessários para o crescimento correto. Entretanto, notou-se que a alimentação das crianças brasileiras muitas vezes não é bem controlada, o que pode acarretar um desenvolvimento inadequado e em futuras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Objetivo: Analisar os dados antropométricos dos alunos estabelecendo as taxas de sobrepeso e a rotina alimentar, de forma a compreender como estes atuam no processo saúde e doença, e, se necessário, propor ações a fim de melhorar a qualidade alimentar. Materiais e métodos: Estudo descritivo, relato de experiência, envolvendo diversas crianças estudantes do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental da Escola Municipal Miriam Palandri, em Maringá, PR, nos dias 12 e 18 de agosto de 2019. Para isso, foram realizados questionários envolvendo dados antropométricos, nome, idade, data de nascimento e teste de autoimagem de Stunkard, avaliando a maneira que a criança se enxerga em relação ao corpo e alimentação. Além disso, foi aplicado um questionário SISVAN sobre alimentação e hábitos nutricionais diários, de forma a apresentar uma avaliação objetiva de como é a qualidade alimentar e quais mudanças devem ser feitas, unindo com a visão da criança, de modo a avaliar a compreensão e entendimento sobre o assunto. Deste modo, os dados coletados foram tabulados através planilhas, onde foram registradas todas as informações sobre as crianças, sendo possível avaliar sua alimentação e se o peso corporal está adequado para a idade e altura da criança. Resultado: A escola apresenta um número elevado de alunos eutróficos (91%), sendo uma média maior que a esperada pela OMS. Entretanto muitos desses alunos encontram-se em situação limite, ou seja, qualquer descuido pode levar a uma mudança deste quadro. A taxa de sobrepeso contou com uma grande variação, na qual a 3° série A foi a que apresentou mais alunos nesse estado (17,65%). Em relação à alimentação, 60% dos alunos ingerem frutas e verduras, entretanto o consumo de alimentos não saudáveis, como hambúrgueres, embutidos e bolachas recheadas ainda fazem parte da rotina dos alunos. Em relação a autoimagem, de modo geral, havia uma distorção, com a maioria dos alunos se descrevendo em escalas maiores do que realmente se encaixavam. Conclusão: Assim como foi possível verificar no estudo, as crianças consomem, de forma elevada, alimentos gordurosos e industrializados, os quais trazem prejuízos para o crescimento e desenvolvimento da criança. Além disso, essa alimentação desbalanceada gera, como consequência, um adulto não saudável e com tendências a desenvolver DCNTs. Portanto, é necessário abordar esse tema e analisar constantemente como está a alimentação dos alunos, de forma a evitar problemas futuros.
Palavras-chave
Alimentação saudável; coleta de dados; nutrição infantil