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Introdução: O aumento do consumo de alimentos industrializados e de comportamentos não saudáveis estão ligados ao excesso de peso em todas as idades, inclusive em crianças. A obesidade infantil vem aumentando nos últimos anos, associada com o surgimento precoce de doenças cardiovasculares e complicações metabólicas, além da probabilidade de obesidade na vida adulta e suas consequências à saúde. Objetivos: Reunir a literatura publicada recentemente, a fim de investigar a influência do ambiente familiar no comportamento alimentar de crianças. Material e Métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados LILACS, PubMed e MEDLINE com os descritores “pediatric obesity”, “feeding behavior” e “family relations” em diversas combinações, buscando artigos publicados entre 2015 a 2020. Foram incluídos artigos com textos completos disponíveis publicados em português e inglês, cujo tema principal fosse “obesidade pediátrica”, “comportamento alimentar”, “família” e “relações pais-filho”. Foram excluídos artigos duplicados e que não atenderam ao foco do estudo. Resultados: Foram encontrados 27 artigos e selecionados 6, respeitando-se os critérios de inclusão e exclusão. Dois estudos observacionais revelaram que os comportamentos não saudáveis ​​relacionados ao estilo de vida e excesso de peso dos pais estão associados ao excesso de peso e acúmulo de gordura abdominal de seus filhos de forma que as inadequações alimentares dos pais afetam negativamente o IMC das crianças. Outro estudo revelou que diferentes concepções de mães sobre o peso de seus filhos pode contribuir para o excesso de peso nestas crianças. Além disso, foi observado que o estilo de vida e os hábitos alimentares familiares podem impactar tanto positivamente quanto negativamente no comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Conclusões: Em síntese, a literatura traz que o estado nutricional dos pais impacta diretamente sobre o quadro de sobrepeso dos filhos, sofrendo influência das crenças, hábitos, concepções alimentares e de saúde da família. Portanto, durante o processo de educação em saúde, o olhar do profissional deve estar voltado não somente para a criança, mas para toda a família.

Obesidade infantil; comportamento alimentar; relações familiares;