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INTRODUÇÃO: O direito à saúde no Brasil emerge da luta do Movimento da Reforma Sanitária e está garantido na Constituição de 1988. De acordo com o texto constitucional, saúde é entendida como uma perspectiva ampliada e não apenas como assistência médico sanitária. Nesse sentido, o trabalho intersetorial entre saúde e educação na abordagem das concepções de gênero no ambiente escolar são de fundamental importância para concretizar direitos fundamentais . OBJETIVO: Relatar a experiência do projeto de extensão desenvolvido na escola e no serviço de saúde do município de Parnaíba-PI. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um projeto de extensão com caráter de pesquisa-ação por compreender que esta abordagem é eminentemente pedagógica e política. Este projeto de extensão é desenvolvido nos territórios e cenários de educação e saúde no município de Parnaíba e em duas (02) escolas da rede pública municipal e/ou Estadual de Parnaíba. Os participantes deste projeto são: profissionais de saúde da atenção primária à saúde (APS), alunos/as das escolas públicas municipais e/ou estaduais entre 14 e 18 anos, militantes dos movimentos sociais específicos contemplados neste projeto e comunidade em geral. São realizadas rodas de conversa e ciclos de oficinas temáticas. Como instrumentos de coleta de dados do projeto, utilizam-se de um roteiro de entrevista semiestruturado aplicado aos profissionais de saúde e um questionário que é utilizado inicialmente nas atividades escolares. RESULTADOS: Resulta-se na promoção de espaços de reflexão, entre profissionais de saúde e movimentos sociais, acerca da negação dos direitos à saúde no município de Parnaíba-PI, fornecendo assim um mapeamento das principais demandas e necessidades ligadas às questões de gênero no cotidiano das escolas públicas em Parnaíba-PI, bem como a sensibilização de profissionais de saúde e professores para a importância das questões de gênero na formação e no atendimento dos serviços de saúde, e o fortalecimento da participação política dos movimentos sociais frente às suas condições de saúde e cenários educacionais. CONCLUSÃO: Evidencia-se, portanto, a importância da integração entre saúde e educação na escola, de modo a diagnosticar e procurar resolver falhas estruturais no que diz respeito às questões de gênero e educação sexual. Neste sentido, o trabalho, em sua completude, procura concretizar as políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+ que vêm sendo assimiladas no Brasil, com o intuito de assegurar o acesso desta aos direitos que comumente lhe são negados.

Atenção à Saúde; Integralidade em Saúde; Educação Sexual;